Presidente do Brasil envia mensagem ao Congresso insistindo na urgência da reforma das aposentadorias

Fonte: Xinhua    06.02.2018 15h23

Brasília, 6 fev (Xinhua) -- O presidente brasileiro Michel Temer enviou nesta segunda-feira uma mensagem ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura das sessões legislativas de 2008, na qual afirmou que "a tarefa urgente" do momento é a reforma do sistema de aposentadorias, proposta por seu governo.

De acordo com o calendário anunciado no final do ano passado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a votação da reforma está marcada para o próximo dia 19.

Caso tenha o apoio do mínimo 308 dos 513 parlamentares em duas votações, um percentual alto por tratar-se de uma emenda constitucional, a proposta seguirá para o Senado.

Não obstante, segundo os líderes da coalizão governamental, até agora há apenas 270 votos a favor da reforma.

O governo brasileiro tenta há meses aprovar a reforma da Previdência Social, que conta com uma forte rejeição, tanto por parte da oposição como dos sindicatos e movimentos sociais.

"Nosso sistema é socialmente injusto e financeiramente insustentável, é socialmente injusto porque transfere recursos de quem tem menos para quem menos necessita, concentrando renda", disse Temer aos deputados.

Na mensagem ao Congresso, Temer defendeu a reforma ao ressaltar que em 2017 as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registraram um déficit de 268 bilhões de reais.

"A sociedade brasileira está cada vez mais consciente de que a reforma é uma questão chave parta o futuro do Brasil. A reforma combate desigualdades, protege os mais pobres, responde à nova realidade demográfica do nosso país e dá sustentabilidade ao sistema previdenciário", afirmou o presidente.

Depois da leitura da mensagem, o relator da reforma, deputado Arthur Maia, avaliou em uma entrevista à imprensa que se a proposta não for votada em primeiro turno em fevereiro, "dificilmente" terá condições de ser votada em março.

As dificuldades para conseguir os votos necessários são causadas pela proximidade da campanha para as eleições de outubro, posto que os parlamentares que buscam renovar seus mandatos não querem apoiar um projeto considerado altamente impopular.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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