China adota novas medidas para prevenir efeitos nocivos da agricultura no ambiente

Fonte: Diário do Povo Online    10.03.2018 16h03

Por Du Yifei, Diário do Povo

No inverno que chega agora ao fim, Liu Fusheng, um camponês da vila Xishengfo, na província de Hebei, no norte da China, está mais descansado.

Na vila de Xishengfo, uma localidade piloto onde é implementado um sistema de colheita por turnos, os camponeses apenas plantam um tipo de cultura agrícola por ano: milho ou qualquer outro cereal. Este sistema sobrepõe-se à plantação anual de dois tipos de culturas: trigo no inverno e milho no verão.

Esta alteração permite aos camponeses auferirem 500 yuans de subsídio por cada mu (medida chinesa equivalente a 666.67 m2), de modo a garantirem uma compensação pelo período de pousio dos solos.

Com o pousio prolongado dos terrenos de cultivo, o rendimento dos agricultores não só não sofre alterações, como as condições ecológicas da terra são melhoradas.

A China leva já a cabo este sistema há 3 anos, tendo aumentado a área da terra em pousio de 6,16 milhões de mu em 2016 para 24 milhões em 2018.

O pousio é realizado, essencialmente, entre colheitas de milho e soja, garantindo uma diminuição do uso de recursos hídricos e o descanso prolongado da terra arável.

No passado, a terra cultivada era intensivamente explorada, de modo a garantir o abastecimento de alimentos. Esta prática estava promovendo a utilização irracional de água e fertilizantes.

O pousio tem como objetivo conter a degradação do meio ambiente. Embora a produção agrícola do país seja anualmente satisfatória, existem contradições estruturais. Como tal, o pousio permite o aperfeiçoamento e uma melhor disposição dos recursos agrícolas, reajustando a estrutura das plantações, e aumentando o abastecimento efetivo.

Em 2018, o governo chinês planeja alocar um fundo de 5 bilhões de yuans para compensar os camponeses que praticam o pousio, correspondente a um subsídio entre 500 a 800 yuans por mu. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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