Taxa de crescimento anual de plataformas chinesas de comércio eletrônico transfronteiriço ultrapassa os 80%

Fonte: Diário do Povo Online    10.03.2018 11h25

Por Liu Lingling, Diário do Povo

O portal de notícias de economia Nikkei, do Japão, publicou recentemente um artigo no qual atribui destaque ao crescimento notável das plataformas de comércio transfronteiriço chinesas Xiao Hongshu e NetEase Kaola.

Os dados indicam que o mercado de comércio eletrônico chinês durante o ano de 2017 ascendeu aos 5.5 trilhões de yuans (cerca de 868.5 bilhões de dólares), registrando um aumento de 28% face ao ano anterior. Destes valores, a percentagem atribuída a produtos estrangeiros situa-se nos 10%.

De acordo com a alfândega chinesa, durante o ano e 2017, o valor total das importações e exportações efetuadas por plataformas de comércio eletrônico com o estrangeiro atingiu os 90.24 bilhões de yuans (aproximadamente 14.32 bilhões de dólares), representando um aumento de 80,6% em termos anuais. Durante os últimos três anos, o total do valor referente às importações e exportações de plataformas de comércio eletrônico aumentou em 50%.

Acompanhando a evolução da iniciativa chinesa do Cinturão e Rota, a tendência de crescimento do comércio eletrônico transfronteiriço passou também a ser cada vez mais acentuada. Tendo por referência a Região Autônoma Uigur de Xinjiang, situada no oeste da China, Urumqi, a capital, no núcleo da antiga Rota da Seda, tem ajudado o país a expandir o seu mercado de exportações.

De acordo com as estatísticas alfandegárias de Urumqi, no ano passado, foram supervisionados um total de 562.400 produtos para exportação via plataformas de comércio eletrônico. Estes valores representaram um volume comercial de quase 3.88 milhões de dólares. 

O comércio eletrônico transfronteiriço, enquanto representante de um novo modelo comercial internacional, acarretou também vários desafios aos serviços alfandegários. Perante estes obstáculos, a China tem adotado uma política de garantia de serviços, independentemente de quão rápidas sejam as mudanças, recorrendo à investigação e inovação para esse fim.

Em 2012, a China elegeu algumas cidades para dar início a uma série de testes relacionados com mecanismos de controlo do desenvolvimento do comércio eletrônico transfronteiriço. Em 2014, o país avançou com uma série de regulamentos e regras para serem aplicados nas alfândegas. Em 2016, foi aplicado um sistema de supervisão integral para promover a rapidez logística do comércio eletrônico transfronteiriço.

Em fevereiro deste ano, teve lugar em Beijing o primeiro grande evento dedicado ao comércio eletrônico transfronteiriço. A alfândega chinesa definiu também a “Estrutura Padrão para as Organizações de Comércio Eletrônico Transfronteiriço da Alfândega Mundial”. Trata-se do documento que fornece os princípios de supervisão alfandegária, representando um contributo da China para o setor a nível mundial.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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