Ren Xiaoping

O professor Ren Xiaoping da Universidade Medical de Harbin, na China, realizou com sucesso uma cirurgia de substituição da cabeça de um macaco em 2016. Recentemente, sob a orientação do professor, o primeiro transplante de uma cabeça humana foi concluído em um cadáver ao longo de um total de 18 horas.

O processo incluiu um corte da coluna vertebral, nervos, tecidos e vasos sanguíneos.

Sergio Canavero

A notícia foi anunciada no dia 17 de novembro pelo especialista italiano e neurocirurgião Sergio Canavero, que afirmou que o sucesso da operação significa que a ciência deu um novo passo em frente.

Na verdade, Canavero anunciou há precisamente dois anos que iria completar o primeiro transplante de cabeça humana em um prazo de dois anos. O paciente submetido à cirurgia, nascido com atrofia muscular espinhal, tinha a “substituição cirúrgica da cabeça” como única opção de cura.

A mídia russa investigou o caso e reportou que se tratava do engenheiro informático russo Valery Donov, que sofria da condição acima referida, estando o seu estado de saúde a deteriorar-se ano após ano.

Vareri Donov disse: "Esta cirurgia é uma oportunidade para mim e essa tecnologia estabelecerá uma base científica para o futuro, independentemente do resultado da operação".

No entanto, na primeira metade deste ano, Donov mudou de ideias repentinamente. Em vez disso, decidiu optar por terapias tradicionais, visando melhorar os sintomas da distrofia muscular.

A técnica de substituição tem gerado discórdia na opinião pública. O Professor Hunt, presidente da Associação Americana de Neurocirurgiões, afirmou: "Não quero que ninguém se submeta a tal operação. O resultado pode ser pior que a morte".

Além das controvérsias clínicas e éticas, este novo estudo pode também acarretar uma série de problemas sociais. Não está ainda definido por lei as pessoas que podem ser submetidas a este procedimento. No caso de infração das leis, não foi ainda determinado a quem deverá ser atribuída a responsabilidade. Todo o processo carece ainda de reconhecimento legal.