Após a conclusão bem-sucedida do Fórum, Costa Pereira, avaliou o discurso do presidente chinês como “notável”.
Xi Jinping “veio confirmar e reiterar a posição da China em relação ao seu empenho na criação de um mundo multipolar, estável, interdependente […] assente na abertura do comércio internacional e na interdependência dos povos. Esse é o ponto mais importante do discurso do presidente, embora todos os compromissos assumidos, evidentemente, em termos de envelopes financeiros e de empenhamento na rápida construção das novas rotas [Cinturão Económico de Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século 21], sejam também importantes”.
É no âmbito desta iniciativa que Portugal, que “tem seguido a iniciativa com atenção desde a sua apresentação”, propõe como primeiro projeto a inserção de Sines na rota marítima: “Sines irá ser um dos grandes portos da Europa Ocidental”, refere, aludindo ao alargamento do Canal do Panamá, que atualmente permite aos supercargueiros o transporte de 14 mil toneladas.
Esta mudança, salienta, “irá provocar o desvio para portos do Atlântico de cargueiros vindos do Extremo Oriente”, fazendo de Sines um ponto estratégico com “enorme potencial”.
O Secretário de Estado realça ainda o facto de que, tendo em conta a rota terrestre ferroviária da linha que termina em Madrid, “é só estendê-la mais 500km para oeste e conseguimos algo fantástico que é o encontro da rota marítima e a rota terrestre em Sines”.
O segundo projeto referido insere-se na lógica da interconetividade das redes elétricas mundiais, defendida pelo presidente Xi Jinping num discurso em 2014, prevendo a ligação da rede elétrica Portuguesa com o norte de África através de Marrocos.
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