Beijing deliberou, na quarta-feira, um plano urbano global para o município, compreendido entre os anos 2016 e 2030, o qual prevê a reestruturação da capital e a deslocação de funções não-essenciais para o exterior do centro urbano.

O esboço do Plano Urbano Integral de Beijing 2016-2030, que delineia uma divisão da capital em quatro áreas principais, respetivamente, para funções políticas, culturais, de comunicação internacional e de inovação científica, foi discutido durante o Comitê Municipal de Beijing na quarta-feira, segundo informações divulgadas pelo jornal Beijing Daily.

O plano inclui também o ajuste da distribuição do espaço, o reforço da governança urbana e o incremento dos esforços de conservação de locais históricos e culturais, segundo se pode ler no relatório.

"O plano visa tornar Beijing em uma metrópole internacional de primeira classe que seja harmoniosa e habitável", reportou a agência de notícias Xinhua.

Ren Zeping, economista-chefe da Founder Securities, foi citado pelo Beijing Daily dizendo que é expetável a criação de uma zona política central, visto que o governo central anunciou a criação da Nova Área de Xiongan, na província de Hebei, e acelerou a construção do centro administrativo subsidiário em Tongzhou, nos subúrbios da capital.

É possível que os distritos de Dongcheng e Xicheng sejam redesenhados enquanto centro político central sob esse plano, afirmou Ren, acrescentando que o governo central provavelmente supervisionará a administração do centro.

O economista referiu que a designação do centro político ajudará a melhorar a proteger a identidade histórica e cultural de Beijing, transferido as funções não essenciais para fora da região central, facilitando assim o desenvolvimento integrado da região Beijing-Tianjin-Hebei (BTH).

A China anunciou em abril o estabelecimento da Nova Área de Xiongan, como parte das medidas de promoção de desenvolvimento coordenado da região BTH.

A China estabeleceu metas para o desenvolvimento integrado da região BTH, num esforço para otimizar as funções centrais da capital até 2030, incluindo o controlo dos números da população, dentro dos 23 milhões, e a resolução dos problemas associados ao desenvolvimento urbano até 2020.