A formação do novo governo francês será liderada pelo legislador conservador Edouard Philippe, eleito na segunda-feira por Emmanuel Macron, após este ter procedido ao juramento enquanto novo presidente francês, segundo anunciado pela presidência na quarta-feira.
No seu primeiro alinhamento para o governo, o novo chefe de Estado misturou figuras desconhecidas do público geral com outros políticos mediáticos, pondo um fim a décadas de divisão entre a direita e a esquerda no país.
O veterano socialista Gerard Collomb, prefeito de Lyon, foi eleito ministro do interior, enquanto o político centrista Francois Bayrou foi colocado ao cargo da justiça. Os dois homens foram apoiantes de Macron durante a campanha eleitoral.
Do governo socialista, Jean-Yves Le Drian, o ex-ministro da defesa e aliado próximo do ex-presidente François Hollande, foi o único “sobrevivente”, passando a assumir o cargo das Relações Europeias e Exteriores.
Da ala direita, Bruno Le Maire, um pró-europeísta, foi selecionado como ministro da economia. Nicolas Hulot, um ativista, foi nomeado ministro do ambiente.
Várias mulheres foram incluídas na lista, incluindo 18 ministras e 4 vice-ministras. Trata-se do cumprimento de umas das promessas de campanha de Macron de garantir a paridade de género.
Na lista estava Sylvie Goulard, uma legisladora centrista da EU, a cargo da defesa; Agnes Buzyn, ministra da saúde e Muriel Penicaud, ministra responsável pela questão delicada da empregabilidade.
A equipa poderá ser alterada dependendo dos resultados das eleições parlamentares no próximo mês, as quais irão decidir se será ou não necessário formar uma coalizão para implementar as reformas do presidente.
A equipa deverá reunir-se pela primeira vez na quinta-feira de manhã.