Estudantes de tecnologia de Harbin enviam satélite para órbita

Fonte: Diário do Povo Online    20.04.2017 10h38

LilacSat-1, o satélite desenvolvido por estudantes do Instituto de Tecnologia de Harbin

Um nano satélite construído por um grupo de estudantes do Instituto de Tecnologia de Harbin foi lançado nos EUA na terça-feira enquanto parte integrante de uma missão da Estação Espacial Internacional.

O satélite, apelidado de LilacSat-1, partiu do estado da Flórida às 11:11, de acordo com Wei Mingchuan, o líder da equipa de 26 anos, atual estudante do segundo ano de doutoramento em astronáutica no instituo supramencionado.

O LilacSat-1 consiste em duas unidades cúbicas intercaladas, cada uma com um comprimento lateral de 10 centímetros.

O satélite, com um peso de dois quilogramas, será colocado a uma distância de cerca de 400km acima do nível do solo. O aparelho deverá acoplar com a estação espacial no sábado.

Durante os três meses que irá permanecer em órbita, o satélite irá desempenhar investigações à termosfera terrestre — uma secção superior da atmosfera, a cerca de 200 a 400 quilómetros acima do nível do solo.

“Iremos tirar as medidas das camadas superiores da atmosfera fazendo uso de um espectrómetro neutral de iões”, afirmou Wei. O aparelho está também equipado com uma câmara CMOS para capturar fotos no espaço.

Os nano satélites são pequenos satélites que pesam entre 1 e 10kg, de acordo com a equipa.

Juntamente com o LilacSat-1, seguirão outros 27 congéneres integrados no projeto QB50 — uma constelação de satélites em miniatura financiada pela União Europeia, criada por estudantes de mais de 20 países.

“Este é o primeiro projeto internacional, coordenado, em tempo real, para o estudo do fenómeno da termosfera”, disse Davide Masutti, o líder do projeto QB50 no Von Karman Institute, uma organização científica sediada na Bélgica.

Wei referiu que os dados recebidos pelo LilacSat-1 irão ser partilhados com a comunidade científica e com amadores, tendo em conta que os programas serão divulgados em código aberto e não requerem quaisquer ferramentas especiais. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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