Beijing urgiu Washington, na quarta-feira (19), a “ajustar políticas desatualizadas” de exportações para a China, após uma recente análise onde é revelado que as políticas norte-americanas, em áreas como alta tecnologia, “contribuem significativamente” para o seu défice comercial com a China.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, afirmou que a China espera que Washington "crie as condições necessárias para lidar com o déficit comercial".
A China está "disposta a expandir as importações dos EUA com base nas necessidades reais do mercado interno", acrescentou Lu, em resposta às questões levantadas na coletiva de imprensa de rotina desta quarta-feira, em Beijing.
O superávit comercial do gigante asiático com os Estados Unidos no primeiro trimestre deste ano foi de 342,1 bilhões de yuans (49,7 bilhões de dólares), um aumento em termos anuais de 6,7%, segundo os dados da Administração Geral das Alfândegas.
"Uma quantidade significativa das exportações potenciais dos EUA para a China foi bloqueada pelas barreiras políticas", segundo foi revelado em uma análise publicada no dia 10 de abril, no site do Carnegie Endowment for International Peace, um dos principais think tanks dos EUA.
Segundo dados no período que decorre entra 2004 e 2009, se os EUA liberalizassem as barreiras às exportações para o país asiático em igual medida como em relação à França, por exemplo, as exportações para a China aumentariam entre 45,7 bilhões e 76 bilhões de dólares, reduzindo o défice de 20,3% a 33,7%.
A administração de Donal Trump tem, em várias ocasiões, aumentado as preocupações quanto ao déficit comercial com a China.
Beijing tem se queixado frequentemente acerca das restrições norte-americanas sobre as exportações de produtos de alta tecnologia, tendo, por isso, exortando os EUA a proceder às devidas alterações nas políticas comerciais.