O Sistema de Navegação por Satélite Beidou (BDS, em inglês) desenvolvido independentemente pela China expandirá a sua cooperação para a Tailândia e o Sri Lanka, e depois para todo o Sudeste Asiático, em uma tentativa de ir ao exterior, de acordo com um operador do sistema.
Du Li, gerente-geral da Wuhan Optics Valley BeiDou Holding Group Co., disse recentemente que a companhia continuará a explorar modelos para cooperação internacional de ciência e tecnologia no BDS, incluindo a construção conjunta das estações de base, desenvolvimento e pesquisa técnica conjunta, formação e intercâmbios de pessoal, entre outros.
Em dezembro de 2013, a Wuhan Optics Valley BeiDou estabeleceu o primeiro lote de três Estações de Referência de Operação Contínua (CORS, em inglês) no exterior, e a sua rede para o BDS na Província de Chonburi, no leste da Tailândia. Além disso, a companhia também está planejando construir uma cidade de ciência e tecnologia China-ASEAN na Tailândia para promover os aplicativos do BDS.
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, em inglês) consiste em 10 países, incluindo Tailândia, Malásia, Vietnã, Camboja e Laos.
Este ano, a Wuhan Optics Valley BeiDou cooperará com as autoridades pertinentes do Sri Lanka para desenvolver pelo menos 10 CORS no país do Sul da Ásia para esses aplicativos como levantamento e mapeamento topográfico, pescaria oceânica e alerta de catástrofes, informou Du.
O estabelecimento das CORS na Tailândia e no Sri Lanka estenderá a cobertura do BDS para pelo menos 3 mil quilômetros mais para o Sudeste Asiático e o Sul da Ásia, acrescentou.
A sede da Optics Valley BeiDou localizada em Wuhan, capital da Província de Hubei, no centro da China, e a companhia é responsável pelas operações e serviços do BDS, um sistema de posicionamento global semelhante ao GPS.
Até o final de 2016, o BDS já tem uma constelação de 32 satélites. A Iniciativa do Cinturão e Rota é uma oportunidade para a ciência e tecnologia espacial da China, apontou Li Deren, professor de um laboratório chave de Estado da Universidade de Wuhan.
"A nossa prioridade é expandir o BDS da China para a linha de frente da Iniciativa do Cinturão e Rota e a Wuhan Optics Valley BeiDou é o pioneiro."
Os smartphones produzidos pela China, como os da Huawei, serão boas plataformas para o BDS ir ao exterior com chips chineses, indicou Li.