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BEIJING, 28 de mar (Diário do Povo Online) – A China propôs o Tai Chi para a Lista do Patrimônio Cultural Intangível da UNESCO, com decisão final a ser anunciada no final do presente ano.
Para os residentes da aldeia de Chenjiagou, província de Henan, a terra natal do Tai Chi, a espera de mais de 10 anos, para ver a arte marcial ser reconhecida mundialmente como patrimônio chinês intangível, pode acabar em breve.
O processo de inscrição, feito pelo distrito de Wenxian, em Henan, começou em 2006, quando o distrito listou o seu patrimônio cultural e incluiu o Tai Chi, disse Zhang Aizhen, presidente do comitê da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh) de Wenxian, órgão consultivo político supremo do distrito.
Zhang Liyong, representante da Assembleia Popular Nacional (APN) e presidente do Tribunal Supremo Popular de Henan, disse que a situação é urgente: “A Coreia do Sul e o Japão estão também a tentar registrar o Tai Chi. A Coreia do Sul já registrou o Festival do Barco-Dragão como seu patrimônio cultural, por isso, temos de estar atentos”.
O mestre do Tai Chi, Chen Xiaowang, explicou que as afirmações de que o Tai Chi terá nascido na Coreia do Sul são baseadas em uma personagem fictícia de um romance de kung fu escrito pelo autor de Hong Kong Louis Cha, e que a história dessa arte marcial deve ser atribuída a Chen Wangting, que criou a modalidade em meados do Século XVII.
Zhu Xianghua, filho do mestre do Tai Chi Zhu Tiancai, diz sentir uma responsabilidade crescente na proteção da cultura do Tai Chi, pois esse “não é apenas uma atividade tradicional. Está profundamente enraizada em diversas áreas da cultura chinesa, tais como a medicina, estética e mecânica”, acrescentou.
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