Economia chinesa cresce no primeiro trimestre e eleva expectativa para 2017

Fonte: Xinhua    18.04.2017 13h07

Beijing, 18 abr (Xinhua) -- A China registrou um crescimento melhor do que o esperado no primeiro trimestre de 2017, um sinal recente da estabilização econômica.

O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia mundial cresceu 6,9% ano ao ano para 18,07 trilhões de yuans (US$ 2,63 trilhões) durante o primeiro trimestre, mais alto do que o crescimento de 6,8% registrado no ano passado, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Assim, o fato ultrapassou as expectativas do mercado de 6,8% e foi muito mais do que a meta anual de crescimento por vota de 6,5% estabelecido este ano no relatório de trabalho do governo.

GANHANDO DINAMISMO

O porta-voz do DNE, Mao Shengyong, disse que a economia realizou um começo positivo neste ano, e atribuiu o desempenho forte principalmente às atividades robustas das fábricas, consumo forte e recuperação das exportações.

O PIB subiu 1,3% na comparação trimestral.

"A estrutura econômica da China está melhorando e ganhando um novo dinamismo", disse Mao, citando o forte crescimento no setor de serviços e consumo.

O consumo contribuiu com 77,2% do crescimento do PIB no primeiro trimestre. Por enquanto, o setor de serviços cresceu 7,7% ano a ano no primeiro trimestre, ultrapassando o crescimento de 3% registrado pela agricultura e 6,4% pela indústria secundária. O setor respondeu por 56,5% da economia.

Para a indústria secundária, Mao disse que os setores como fabricação avançada estão registrando crescimento acima da média, enquanto os setores tradicionais também estão fazendo melhorias de qualidade e tecnologia, como efeito da reforma estrutural do lado da oferta.

O mercado de trabalho permaneceu estável, com 3,34 milhões de novos postos gerados. A taxa de desemprego permaneceu menor que 5%, segundo dados do DNE.

TENDÊNCIA ESTÁVEL

Mao disse acreditar que os números do primeiro trimestre mostram que a China estabeleceu uma base sólida para realizar sua meta econômica anual, que foi reajustada para por volta de 6,5% de uma gama de 6,5% a 7% de 2016, para facilitar o ajuste estrutural do país.

Ao recusar predizer o número atual de crescimento para os próximos trimestres, Mao enfatizou em particular a estabilidade crescente do desempenho econômico da China e seu potencial inexplorado de desenvolvimento.

"Haverá dividendos constantes para a reforma e a economia terá um enorme potencial a médio e longo prazo", afirmou.

"Não é grande coisa" se o crescimento econômico escorregar em alguns décimos de ponto percentual no futuro próximo, disse, observando que a taxa de crescimento econômico do país se tornou menos volátil nos últimos anos, com 6,9% para 2015, 6,7% para 2016 e 6,9% para o primeiro trimestre de 2017.

Com base nos dados mais fortes do que o esperado, o banco de investimentos J.P. Morgan elevou sua previsão de crescimento do PIB de 2017 para a China em 0,1 ponto percentual para 6,7%, citando a força em vários setores refletida nos dados.

Embora o banco espere que o crescimento do PIB desacelere moderadamente no segundo trimestre, e até mesmo procure maior moderação nos próximos trimestres, ainda há um forte impulso de crescimento para o resto do ano, disse o economista da J.P. Morgan China, Zhu Haibin.

OPORTUNIDADES E RISCOS

Embora ainda cautelosos sobre as perspectivas futuras, os economistas acreditam que a resiliência refletida no número do primeiro trimestre irá instar um escrutínio mais rigoroso no setor financeiro, uma campanha empurrada pelas autoridades chinesas para se afastar dos riscos sistêmicos.

As autoridades que já estavam preocupadas com o fato de uma regulação estrita prejudicar o crescimento econômico, por isso elas não hesitarão em tomar medidas mais fortes em controles financeiros e imobiliários, disse Deng Haiqing, economista-chefe da JZ Securities.

Um crescimento mais alto é "importante para conter os riscos financeiros", o que torna o problema do excesso de alavancagem parecer mais gerenciável, de acordo com Tom Orlik, economista-chefe na Ásia da Bloomberg.

Olhando para o futuro, Orlik disse que os controles imobiliários da China acabarão por afetar o crescimento econômico e os laços comerciais incertos com os Estados Unidos podem prejudicar as exportações.

Mao admitiu que a influência dos controles de propriedade da China se tornará gradualmente evidente em abril e nos meses seguintes, uma vez que as medidas foram introduzidas somente em meados de março.

"É justo dizer que as perspectivas do mercado imobiliário são uma grande incerteza para as perspectivas econômicas deste ano", disse Zhu de J.P. Morgan.

Embora os movimentos extremos no mercado imobiliário não são esperados, dada a importância do mercado imobiliário, mesmo modesto risco de subida ou queda para o mercado imobiliário pode afetar a trajetória das previsões de crescimento, disse.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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