Tirana, 18 abr (Xinhua) -- A China e a Albânia concordaram em ampliar a cooperação em infraestrutura, capacidade de produção, turismo e agricultura no marco da Iniciativa do Cinturão e Rota e do mecanismo de cooperação 16+1 entre a China e Europa Central e Oriental.
A promessa foi anunciada durante a visita do vice-primeiro-ministro da China, Zhang Gaoli, a este país dos Bálcãs.
Zhang elogiou as vantagens geográficas da Albânia no sudeste da Europa e disse que a Albânia é um país importante no Cinturão e Rota.
"A China está disposta a manter uma cooperação mais significativa com a Albânia que leve em conta as características e necessidades do país no marco da Iniciativa do Cinturão e Rota e do mecanismo 16+1", disse segunda-feira Zhang durante sua reunião com o presidente da Albânia, Bujar Nishani.
O vice-primeiro-ministro incentivou que os dois países acelerem a negociação e a assinatura de um memorando intergovernamental sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota para planejar e guiar melhor a cooperação bilateral e assim obter mais resultados frutíferos.
A iniciativa, proposta pela China em 2013, busca construir uma rede de comércio e infraestrutura que conecte a Ásia com a Europa e a África ao longo da antiga Rota da Seda, o que conduzirá a resultados econômicos de benefício mútuo para todos os países que participem.
A China quer alinhar sua estratégia de desenvolvimento com a da Albânia e manter discussões profundas sobre os projetos, medidas e efeitos de cooperação para obter o desenvolvimento comum, disse Zhang durante a conversação no mesmo dia com o primeiro-ministro da Albânia, Edi Ramo.
Zhang pediu que os dois países ampliem a escala do comércio e investimento bilaterais. A China continuará aumentando a importação de produtos albaneses com vantagens comparativas, como o óleo de oliva, e estimulará o investimento das empresas chinesas na Albânia.
A China participará ativamente dos principais projetos de energia e de infraestrutura da Albânia como estradas, centrais hidrelétricas e zonas de desenvolvimento econômico, além de reforçar a cooperação em intercâmbios culturais, produção cinematográfica, educação e turismo, segundo o vice-primeiro-ministro.
O presidente albanês elogiou os avanços da China e seu papel nos assuntos internacionais e disse que uma boa relação entre a China e a Albânia é de especial importância para seu país.
A Albânia estabeleceu laços diplomáticos com a China em 23 de novembro de 1949, cerca de um mês depois da fundação de República Popular da China. O país foi um dos primeiros a estabelecer laços diplomáticos com a China.
De acordo com o Ministério do Comércio da China, o comércio bilateral subiu para US$ 636 milhões em 2016, um aumento anual de 13,9%. Atualmente, a China é o principal parceiro comercial e fonte de investimento da Albânia.
Quanto à cooperação 16+1, uma plataforma criada em abril de 2012 pela Albânia e 16 países da Europa Central e Oriental, Zhang disse que a China agradece o apoio da Albânia ao mecanismo e espera ver a presença do presidente albanês na reunião dos líderes 16+1 que se realizará este ano na Hungria.
A China está disposta a implementar o consenso alcançado na reunião dos líderes 16+1 realizada em novembro em Riga, Letônia, para aprofundar a construção de mecanismos em economia, comércio, educação, ciência, tecnologia, silvicultura, agricultura e governos locais, disse Zhang.
O vice-primeiro-ministro acrescentou que a China quer ampliar a cooperação com a Albânia em logística, comércio eletrônico, meio ambiente e pequenas e médias empresas para que a cooperação 16+1 beneficie mais pessoas na China e nos países da Europa Central e Oriental.
Ramo disse que a Albânia quer cooperar com a China e dá as boas-vindas às empresas chinesas. Ramo expressou a esperança da Albânia de que os dois países possam encontrar projetos de cooperação que rendam mais resultados no marco do Cinturão e Rota e do mecanismo 16+1.