O embaixador adjunto da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim In Ryong, afirmou ontem (17) na sede da ONU, que o seu país condena e irá boicotar a reunião em torno da questão nuclear coreana, a ser realizada no dia 28 do presente mês no Conselho de Segurança da ONU.
Em uma coletiva de imprensa, Kim disse que a reunião em questão será realizada sob “manobras dos Estados Unidos”, sendo uma violação à soberania da RPDC.
Os EUA assumem a presidência rotativa do Conselho de Segurança em abril. A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, referiu no início do mês a reunião em questão, prevista para o dia 28.
Este ano, a RPDC realizou já cinco testes de lançamento de mísseis e um teste de engrenagem de um motor de foguete. Em resposta, o Conselho de Segurança veio condenar publicamente as ações de Pyongyang nas várias ocasiões.
Segundo Kim In Ryong, o desenvolvimento das armas nucleares e dos mísseis tem como objetivo a autodefesa contra a ameaça nuclear dos EUA. O Conselho de Segurança considera a ação norte-coreana “ilegal” e “provocatória” perante comunidade internacional, mas ignora as ações semelhantes em outros países, tratando-se de um “padrão duplo”, afirmou.
Kim criticou ainda os EUA por enviar porta-aviões para as águas nas imediações da RPDC, considerando que esta ação prejudica a paz e segurança da Península Coreana e empurra a região para o limiar da guerra.