China reitera posição face à instalação do sistema de mísseis THAAD

Fonte: Diário do Povo Online    18.04.2017 10h55

Mike Pence cumprimenta o presidente em exercício e primeiro-ministro da República da Coreia, Hwang Kyo-ahn, durante o seu encontro em Seul, na Coreia do Sul, em abril de 2017.

Beijing urgiu para uma “cessação imediata” da instalação do sistema de mísseis THAAD na República da Coreia, após Washington e Seul terem concordado em ativar o sistema em solo sul-coreano.

Hwang Kyo-ahn, o atual presidente em exercício da República da Coreia, confirmou o consenso para “a instalação célere do THAAD” durante uma coletiva de imprensa na qual o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, participou, na segunda-feira, em Seul.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que “não há alterações” na posição da China de se opor à instalação do mecanismo, a qual antagonizou Beijing e Moscou e repercutiu-se nas relações China-Coreia do Sul.

O radar do dispositivo abrange um raio de 2,000 quilómetros.

Su Xiaohui, uma investigadora de estratégia internacional do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que o THAAD “nada irá fazer a não ser aumentar a tensão regional” e tornar o processo de desnuclearização da península mais difícil.

Também na segunda-feira, Pence disse em Seul que “todas as opções estão em cima da mesa”, embora os EUA prefiram uma solução pacífica para a desnuclearização. Pence, em referência à República Popular Democrática da Coreia (RPDC), disse que “a era de paciência estratégica chegou ao fim”.

Lu disse na segunda-feira que “a China dá as boas-vindas a que os EUA participem de forma positiva em resolver de modo pacífico” a questão. A situação é “muito sensível, complicada e arriscada”, e Beijing tem apelado a que todas as partes envolvidas evitem ações que possam despoletar tensões, advertiu.

Todos os envolvidos devem se comprometer com o controlo das tensões, por forma a criar as condições necessárias para trazer todos os envolvidos de volta para a mesa de negociações, acrescentou Lu. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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