Coaracy Nunes
Rio de Janeiro, 7 abr (Xinhua) -- A Polícia Federal (PF) brasileira prendeu na quinta-feira o ex-presidente da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBEA), Coaracy Nunes, e outros dois dirigentes da entidade durante a operação Águas Claras, que visa desmantelar uma rede de corrupção que desviava recursos públicos destinados à CBEA.
Além de Nunes, que presidiu a entidade desde 1988, que foi eleito consecutivamente para sete mandatos, também foram presos o diretor financeiro, Sérgio Riberio Lins de Alvarenga, e Ricardo Gomes Cabral, coordenador de pólo aquático. Ricardo Moura, superintendente da CBDA, está sendo considerado foragido
Além das medidas de prisão preventiva, quatro pessoas foram conduzidas coercitivamente em São Paulo. Outras 16 ordens de busca e apreensão também foram cumpridas.
Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude à Lei de Licitações, suspeitos de ter desviado cerca de 40 milhões de reais (cerca de US$ 13 milhões), destinados pelo governo à CBEA.
Denúncias de atletas e ex-atletas motivaram a operação que é uma parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União.
"Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação - conforme previsto na lei e nos contratos assinados", afirma o comunicado divulgado pela PF.