Changchun, 7 abr (Xinhua) -- Um centro de pesquisa focado na Companhia Ferroviária da Manchúria do Sul durante a Segunda Guerra Mundial foi inaugurado na quinta-feira na Província de Jilin, no nordeste da China.

O centro de pesquisa, subordinado à academia provincial de ciências sociais de Jilin, se focará na conduta das forças de ocupação no nordeste da China, especialmente em termos de economia.

A empresa foi fundada em 1906 sob os auspícios do "desenvolvimento econômico". Quando os japoneses se renderam em 1945, ela foi vinculada à exploração de uma quantidade substancial de recursos econômicos e de energia.

Xue Xueshi, pesquisador de 90 anos, assinalou que a companhia também coletava informações para o exército japonês.

"Foi a maior organização formada pelos japoneses, e abrangia as áreas política, militar, econômica e cultural", assinalou Xue, acrescentando que "as pessoas da companhia, de certa maneira, eram invasores sem uniformes militares".

Depois que os japoneses saíram da China, muitas evidências dos seu crimes de guerra ficaram na Companhia Ferroviária da Manchúria do Sul. A academia provincial de ciências sociais de Jilin tem 28 mil documentos em evidências de papel e microfilme.

Jin Yilin, vice-chefe do Instituto de História Moderna, comentou que o estudo da Companhia Ferroviária da Manchúria do Sul pode ajudar as pessoas a entender a sociedade chinesa antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a guerra de resistência contra a invasão japonesa, a China teve um total de 35 milhões de vítimas militares e não militares, que representam uma terceira parte do total de vítimas de todos os países na guerra.

A partir desta primavera, os livros didáticos passam a incluir a frase "14 anos de Guerra de Resistência do Povo Chinês Contra a Agressão Japonesa" em vez de "oito anos", como reconhecimento oficial do início da guerra quando o Japão invadiu o nordeste da China em 18 de setembro de 1931.