Governo brasileiro detecta problemas sanitários em 8 de 302 amostras da Operação Carne Fraca

Fonte: Xinhua    07.04.2017 13h48

Brasília, 7 abr (Xinhua) -- O Ministerio da Agricultura do Brasil informou na quinta-feira que 39 das 302 amostras analisadas de produtos frigoríficos apresentaram problemas, sendo que oito delas representam riscos à saúde dos consumidores.

Os dados fazem parte do balanço apresentado por uma campanha a fim de analisar os 21 frigoríficos suspeitos de participar do esquema de corrupção revelado pela operação 'Carne Fraca' da Polícia Federal (PF) brasileira.

A operação desencadeada no dia 17 de março pela PF apurou que algumas empresas pagavam subornos a fiscais do ministério da Agricultura para poder liberar produtos vencidos ou com aditivos proibidos pela legislação sannitária do país.

Segundo o secretário executivo da pasta, Eumar Novacki, nas oito amostras foram detectadas as presenças das bacterias Salmonella e Estafilococos, que podem causar diarreia e vômitos.

Sete lotes de hamburgueres de carne bovina da marca Nobre, fabricados pelo frigorífico Trasmeat, localizado na cidade de Balsa Nova, no estado do Paraná, tinham salmonella e uma grande quantidade de salsichas cozidas do Frigosantos de Campo Magro, Paraná, tinha estafilococos.

Nas outras 31 amostras, se constatou excesso de amido e ácido sórbico nas salsichas e água para aumentar o peso dos frangos, o que embora não faça mal à saúde, se constitui em fraude.

Novacki anunciou também que as duas fábricas do frigorífico Peccin e da Central de Carnes Paranaense, localizadas em Colômbo, Paraná, tiveram o SIF (Serviço de Inspeção Federal, que autoriza seu funcionamento) cancelado.

Segundo Novacki, nestes casos, a decisão foi tomada primeiro para as duas empresas, acrescentando que seis do total de 21 frigoríficos envolvidos na investigação realizada pela Carne Fraca estão proibidos de operar.

Novacki afirmou que a campanha mostrou que o sistema de inspeção do Brasil é confiável e que foram adotadas todas as medidas necessárias para resolver os problemas apontados pela operação da Polícia Federal.

O secretário vai chefiar missões ao Irã, Egito e Argélia para apresentar os resultados das análises feitas pela campanha do ministério à estes países que integram o mercado consumidor de produtos brasileiros.

Por outro lado,o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, viajará à China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Europa.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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