Os esforços da China

No seguimento das medidas tomadas por Trump, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse na quarta-feira que “independentemente das medidas climáticas tomadas por outros países, enquanto nação em desenvolvimento responsável, a determinação, objetivos e políticas da China para combater as alterações climáticas não serão alteradas”.

“É óbvio que a China está a empreender esforços tremendos para atingir a meta de redução das emissões de dióxido de carbono, ao desligar todas as usinas de carvão e promovendo o uso de energia limpa”, disse Lin ao jornal Global Times na quinta-feira, frisando que essas políticas são também consentâneas com os esforços para combater o smog que assola o país.

As autoridades de Beijing fecharam a usina Huaneng no início de março, colocando assim um ponto final nos últimos quatro geradores alimentados a carvão na capital.

Foram também encerradas outras unidades semelhantes no nordeste da China e na província de Shanxi, de acordo com a imprensa doméstica.

O governo central potenciou um programa de subsídios a nível nacional para estimular a compra de veículos movidos a energias limpas.

Os feitos da China na redução de emissões de dióxido de carbono em anos recentes, em centenas de milhões de toneladas anualmente, provavelmente iguala o total da redução em todo o mundo, salientou Lin.

Enquanto isso, o consumo de combustíveis não-fósseis face ao total da energia tem uma previsão de crescimento situada dos 25%, cerca de 15% adicionais face aos níveis atuais, de acordo com um relatório divulgado pela empresa BP.

Bai defende que a negligência de Trump face ao Acordo de Paris irá colocar em causa a reputação norte-americana. Enquanto isso, irá criar uma oportunidade para a China ocupar o lugar deixado vago pelos EUA na batalha às alterações ambientais e a desempenhar um papel mais ativo na cooperação bilateral e governança global.

Miguel Arias Cañete, comissário para o clima da UE, disse no Twitter que “uma nova era para o clima começou, e a UE e a China estão prontos a liderar”.