China dissemina sua medicina tradicional para o mundo

Fonte: Xinhua    23.02.2017 08h25

Beijing, 23 fev (Xinhua) -- No último mês, o presidente chinês Xi Jinping apresentou uma estátua de bronze com pontos de acupuntura no corpo humano para a Organização Mundial da Saúde em Genebra, atraindo atenção mundial.

Para Pauline Moy, uma malaia, essa estátua é bem familiar.

Como aluna da Escola Internacional da Universidade de Medicina Chinesa de Beijing (BUCM, em inglês), ela usa uma réplica para ajudar a lembrar os pontos de pressão e praticar as técnicas.

Antiga atriz, Moy, veio à universidade em 2011 explorar o mistério de "como uma agulha pode aliviar a dor e curar doenças". Ela cursou bacharelato em acupuntura, moxibustão e Tuiná, ou massagem terapêutica usada na medicina tradicional chinesa (MTC).

Ela está atualmente tentando se tornar mestre em MTC.

A acupuntura é apenas um componente da MTC. Para entender melhor a essência da acupuntura, ela leu textos antigos escritos em chinês clássico, o maior desafio nos seus estudos.

"Aprender os clássicos da MTC é similar ao jogo de quebra-cabeças. Tenho que aprender primeiro os clássicos pedaço por pedaço. Quando eu dominar suficientemente o conhecimento da MTC, posso integrá-lo na prática clínica, que é baseada tanto na teoria médica como em observação", explicou.

Pauline Moy está entre um número crescente de alunos estrangeiros de medicina tradicional na China. Zhang Daliang, diretor do Departamento de Ensino Superior do Ministério da Educação, disse que a MTC é o campo mais popular entre as ciências naturais para os estrangeiros na China.

"A MTC foi disseminada para 183 países e regiões. A educação internacional desempenhou um importante papel na promoção mundial da MTC", segundo Zhang.

Chelsea Qi Xie, dos Estados Unidos, também é uma estudante na Escola Internacional da BUCM. Ela é uma chinesa no exterior e sua mãe é farmacêutica. Ela está estudando a MTC não só para aprender suas raízes culturais, mas também porque está se tornando mais aceita nos Estados Unidos.

"A acupuntura é uma terapia alternativa com relativamente poucos efeitos colaterais. Os serviços de acupuntura estão disponíveis em muitos grandes hospitais nos EUA, e os praticantes registrados devem passar por exames formais. Até onde sei, há cerca de 20 mil acupuntores registrados apenas no estado de Califórnia", expressou.

A BUCM estabeleceu relações com 108 universidades e instituições de pesquisa em 30 países e regiões do mundo, impulsionando o reconhecimento geral da MTC no exterior.

O programa de mestre da MTC oferecido pela BUCM e escola médica da Universidade de Barcelona desde setembro de 2016 é o primeiro do tipo oficialmente credenciado pela União Europeia. Enquanto isso, em colaboração com a Universidade Politécnica de Kwantlen, no Canadá, a BUCM opera o primeiro programa de bacharelato conjunto na América do Norte.

Em cooperação com as universidades e instituições estrangeiras, a instituição também instalou centros de MTC na Rússia, Austrália e Estados Unidos, criando plataformas integradas para serviços, educação e pesquisa médica.

O presidente da BUCM, Xu Anlong, disse que embora a MTC seja popular em muitos países ocidentais, são necessárias mais estratégias para integrá-la no sistema de medicina internacional.

Os centros de MTC cultivaram eficazmente praticantes no mundo, segundo Xu. "No entanto, o que é mais importante é que a efetividade da MTC ganhou reconhecimento entre as pessoas locais. O centro na Rússia é muito popular e eu conheço alguns pacientes que dirigiram até mais de 10 horas para serem tratados lá".

A BUCM organiza até 1.044 horas de prática clínica para os alunos de bacharelato, com uma variedade de experiências ao longo do período de estudo.

Moy fez estágio no Terceiro Hospital Afiliado da BUCM e no Hospital de Amizade China-Japão durante seus cursos de bacharelato.

Após se formar, Moy planeja abrir uma clínica de acupuntura na Malásia.

"Eu quero que mais malaios conheçam as maravilhas da MTC e recebam serviços médicos da MTC de qualidade", declarou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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