O primeiro-ministro chinês Li Keqiang instou à União Europeia (UE) a manter o seu compromisso no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) e parar de impor investigações injustas antidumping contra exportadores chineses.
Li pediu que a UE siga o Artigo 15 do Protocolo de Adesão da China à OMC, no qual se diz que os membros da OMC devem deixar de adotar medidas antidumping contra a China desde 11 de dezembro de 2016.
De acordo com as regras da OMC, os importadores podem usar os custos de produção provenientes de países terceiros para determinar o valor de exportações de um país não pertencente a economia de mercado quando do cálculo de margem de dumping.
Muitas investigações antidumping sob as exportações da China foram realizadas sob este mecanismo apesar do estabelecimento de uma economia de mercado pela China depois de décadas de reforma e abertura.
Na 18a Conferência China-EU, co-presidida pelo premiê chinês, por Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, os líderes apresentaram condolências pela morte dos dois militares das tropas de manutenção da paz no Sul do Sudão.
Sendo potências importantes para a manutenção da paz e desenvolvimento mundial, a China e a UE enviaram um sinal positivo por meio de consultas, disse Li.
Ele disse que a China apoia o processo de integração europeia e que o país deseja a prosperidade e a estabilidade à UE.
Li acrescentou ainda que a China está disposta a trabalhar com a UE para chegar a um acordo de investimentos e um estudo de viabilidade de uma zona de livre comércio, com o objetivo de estimular a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento.
Li pediu cooperações mais profundas com a Europa Central, do Leste e do Sul para fortalecer o desenvolvimento equilibrado através da construção da infraestrutura, 5G, segurança de rede, sectores marítimos e intercâmbio entre os povos.
Os dois lados assinaram um acordo de cooperação energética no Grande Salão do Povo.