Bei Hu
Esta imagem divulgada pela Administração Espacial Nacional da China em 1º de outubro de 2025 mostra uma vista da sonda Tianwen-2 ao lado da Terra, capturada pela sonda durante sua jornada no espaço profundo. (Foto fornecida pela Administração Espacial Nacional da China)
Em 1º de outubro, a Administração Nacional do Espaço da China revelou uma imagem impressionante da sonda Tianwen-2 ao lado da Terra, capturada durante sua jornada pelo espaço profundo.
A foto, capturada por uma câmera no braço robótico da sonda, mostra a bandeira vermelha de cinco estrelas e a cápsula de retorno branca, tendo como fundo o planeta azul, cena que os internautas apelidaram de “retrato cósmico”.
Por trás da imagem está a crescente capacidade da China em exploração espacial profunda. A missão Tianwen-2, com duração prevista de dez anos, pretende coletar amostras do asteroide 2016 HO3 e estudar o cometa 311P, situado além da órbita de Marte.
Sondas mais inteligentes, foguetes mais confiáveis e sistemas de comunicação mais potentes tornaram possível essa longa jornada, evidenciando a capacidade da inovação espacial chinesa.
Desde o Dongfanghong-1, passando pelas missões Chang’e e pela construção da estação espacial chinesa, até à viagem da Tianwen-2, as ambições espaciais da China têm avançado passo a passo.
Fora do domínio espacial, a inovação prospera em circuitos integrados, equipamentos de alta tecnologia e software industrial. O sistema de navegação BeiDou garante posicionamento global preciso; o avião C919 já está realizando voos comerciais; os veículos elétricos lideram o mundo em produção e vendas; o trem CR450 redefine a alta velocidade; e são constantemente registrados avanços em novas energias, materiais e inteligência artificial.
O “retrato cósmico” simboliza também a perseverança e o compromisso de longo prazo da China com a inovação. Projetos espaciais exigem acumulação técnica e esforço contínuo — algo que o país demonstrou ao vencer desafios na exploração lunar, como o pouso e a comunicação no lado oculto da Lua.
Com o Tianwen-1 em Marte e o Tianwen-2 rumo a um asteroide, as próximas missões (Tianwen-3 e Tianwen-4) visarão o retorno de amostras de Marte e a exploração do sistema de Júpiter. O sucesso atual é fruto de um planejamento de longo alcance e de anos de cultivo paciente.
Nos últimos anos, a China reforçou sua base científica, oferecendo apoio estável a equipes e plataformas-chave, criando mecanismos de avaliação de longo ciclo que permitem aos pesquisadores focar em grandes desafios. Com investimentos pacientes e visão de longo prazo, o país busca fortalecer sua capacidade de inovação original e conquistar novas fronteiras tecnológicas.
Com os olhos nas estrelas e os pés firmes no chão, a China segue um caminho ousado e constante na exploração espacial. À medida que a Tianwen-2 cruza o espaço infinito, crescem as expectativas — tanto por novas descobertas quanto por mais surpresas de uma China cada vez mais inovadora.