O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, afirmou na quinta-feira que o governo decidiu promover a auscultação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e de todos os partidos com assento parlamentar, com vista a considerar o reconhecimento do Estado da Palestina durante a 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro.
De acordo com um comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro, Portugal, juntamente com um grupo de outros países, reavaliou a questão e as condições para o reconhecimento do Estado da Palestina numa reunião realizada em Nova Iorque, entre os dias 28 e 30 de julho.
"O primeiro pressuposto era a concertação com um conjunto de países com quem temos mantido um diálogo permanente e que participaram ativamente nesta conferência. Por outro lado, as condições preenchidas pela Autoridade Palestina, devem ter-se por verificadas em função das garantias apresentadas e largamente validadas pelos Estados presentes na Conferência", segundo o comunicado.
No final da conferência internacional, Portugal assinou uma declaração conjunta com outros 14 países, expressando a sua prontidão para considerar o reconhecimento do Estado da Palestina.
Questionado sobre a posição do governo, o presidente de Sousa sublinhou no mesmo dia que há apenas uma política externa e que acompanha o governo. Ele garante assim sintonia.
Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia reconheceram o Estado da Palestina desde o ano passado. A França afirmou na semana passada que irá reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas.