Brasil aposta na bioeconomia amazônica como estratégia de inovação e inclusão

Fonte: Xinhua    30.07.2025 14h08

O governo brasileiro está promovendo a bioeconomia como pilar central para o desenvolvimento regional na Amazônia, com o objetivo de enfrentar a crise climática, gerar emprego e renda e valorizar os territórios tradicionais, anunciou nesta segunda-feira o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR).

A iniciativa faz parte do Programa BioRegio, coordenado pelo MIDR, e será uma das principais propostas que o Brasil apresentará na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém, no Pará.

O BioRegio busca transformar os recursos naturais e socioculturais da Amazônia em oportunidades concretas de inclusão social e crescimento econômico, respeitando a biodiversidade e os conhecimentos tradicionais. "A riqueza que advém da nossa floresta pode e deve promover o desenvolvimento da região, de forma soberana e com base na ciência, no conhecimento local e no respeito aos territórios", afirmou Daniel Fortunato, Secretário Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial.

Segundo o MIDR, o programa visa consolidar a bioeconomia como vetor estratégico para a diversificação das cadeias produtivas na Amazônia Legal, por meio do uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais. Produtos como castanhas, óleos vegetais, fibras, mel de abelhas nativas e fitoterápicos estão entre os setores priorizados como alternativas econômicas viáveis e sustentáveis.

"O objetivo é fortalecer a base socioeconômica dos territórios amazônicos e oferecer oportunidades de capacitação e inserção profissional, especialmente para jovens, que poderão traduzir o conhecimento técnico adquirido em universidades e institutos federais em novos negócios, startups inovadoras e no desenvolvimento de produtos e serviços", afirmou Vitarque Coêlho, Coordenador-Geral de Gestão Territorial do MIDR.

A estratégia conta com o apoio de uma rede colaborativa que integra governos locais, setor privado, universidades, centros de pesquisa, instituições financeiras e comunidades tradicionais. As soluções serão desenhadas de acordo com as vocações produtivas e os ativos ambientais e culturais de cada região, a fim de garantir maior efetividade nas políticas públicas e reduzir as desigualdades territoriais.

O programa se apresenta como uma resposta climática com identidade regional, combinando preservação ambiental com inclusão econômica. "A lógica do BioRegio é transformar a Amazônia e outros biomas em polos de inovação sustentável. É uma estratégia climática baseada nas pessoas que vivem, conhecem e cuidam da floresta, em cooperação com empresas, organizações da sociedade civil e centros de pesquisa", enfatizou Fortunato.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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