A quantidade de automóveis que o Brasil comprou da China atingiu 134.582 unidades no 1º semestre de 2025, uma alta anual de 3,6%, batendo novo recorde. O número representa 62,1% da importação total brasileira.
Enquanto da Argentina, o Brasil importou 40.616 carros. Na prática, os 134,6 mil veículos chineses que entraram no Brasil superam em cerca de 3 vezes o que o Brasil trouxe da Argentina, de onde os brasileiros mais importavam carros. A partir de 2024, a China assumiu a liderança.
Vale destacar que a preferência dos tipos de carros do mercado brasileiro também se alterou em relação ao mesmo período do ano passado. O total de carros híbridos foi de 103,8 mil. Cresceu 29% no 1º semestre de 2025 ante o mesmo período em 2024. O número de automóveis com motor a combustão atingiu 74.315 nos primeiros seis meses deste ano, enquanto os carros com motor exclusivamente eléctrico somaram 38.067 no período.
A adoção de veículos elétricos de passageiros na América Latina tem sido lenta há muito tempo, atrasada pelos altos preços iniciais de carros elétricos. No entanto, com a chegada de modelos chineses acessíveis de fabricantes como a BYD, a adoção de veículos elétricos está se acelerando.
"A indústria automotiva chinesa evoluiu rapidamente em sua capacidade de fabricação, tornando-se a maior fabricante do mundo", disse Guillermo Rosales Zarate, presidente da Associação Mexicana de Distribuidores Automotivos.
Além do Brasil, o México também experimentou um aumento na aceitação e na demanda por veículos elétricos fabricados na China. De acordo com dados divulgados pela Associação Chinesa de Fabricantes de Veículos Automotores (CAAM, sigla em inglês), o México se tornou o sexto maior importador de veículos elétricos chineses em todo o mundo durante os três primeiros trimestres de 2024.
De acordo com os dados da CAAM, o setor de NEV da China ganhou força na produção e nas vendas durante o primeiro trimestre de 2025, com a produção aumentando 50,4% em termos anuais, chegando a 3,18 milhões de unidades. As exportações automotivas do país mantiveram um ritmo de crescimento constante, com as exportações de NEV aumentando 43,9% anualmente, para 441 mil unidades.
"A China está impulsionando o mercado automotivo e está mais avançada na tecnologia de veículos elétricos. Não é mais uma competição; ela está à frente de todos. O crescimento econômico constante da China ano a ano nos dá confiança para fazer negócios com o mercado", disse Divanildo Pimentel, gerente-geral do Grupo Parvi do Brasil.