O Arquipélago dos Bijagós na Guiné-Bissau foi inscrito na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, anunciou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no domingo.

Batizado de Ecossistemas Costeiros e Marinhos do Arquipélago dos Bijagós -- Omati Minho, o local recém-listado inclui uma série de ecossistemas costeiros e marinhos que estão entre os mais bem conservados da região, tanto no ambiente marinho quanto nas zonas entremarés.

Localizado ao largo da costa da África Ocidental, o Arquipélago dos Bijagós é reconhecido como o único arquipélago deltaico ativo na costa atlântica africana e um dos poucos do gênero no mundo. A área apresenta uma biodiversidade excepcional e está profundamente interligada com os estilos de vida tradicionais locais.

De acordo com a UNESCO, o local abriga várias espécies raras e ameaçadas de extinção, incluindo tartarugas verdes e de couro, peixes-boi da África Ocidental e várias espécies de golfinhos. Mais de 870 mil pássaros costeiros migratórios passam pelo arquipélago como um importante ponto de parada ou local de invernada todos os anos.

Os ecossistemas do arquipélago apresentam manguezais, lodaçais e zonas entremarés que são vitais para a vida marinha. A área também abriga espécies raras de plantas, diversas populações de peixes e importantes colônias de pássaros.

A Ilha Poilao, parte do arquipélago, é considerada um local de nidificação globalmente significativo para tartarugas marinhas, especialmente tartarugas verdes, o que a torna um ponto focal para os esforços regionais de conservação.

O arquipélago se estende por mais de 10 mil quilômetros quadrados, abrangendo extensos bancos de areia e lamaçais. É composto por 88 ilhas e ilhotas, sendo que apenas cerca de 20 são habitadas permanentemente.