O Ministério da Defesa da China emitiu na segunda-feira um alerta às autoridades do Partido Progressista Democrático (DPP), que governa Taiwan, afirmando que armas fornecidas pelos Estados Unidos não serão capazes de salvá-los e que buscar apoio externo para a “independência de Taiwan” está fadado ao fracasso.

O coronel sênior Jiang Bin, porta-voz do ministério, comentou reportagens que indicam o envio de um novo lote de tanques M1A2 dos EUA para Taiwan, além de planos norte-americanos de ampliar suas vendas de armamentos à ilha nos próximos quatro anos.

Segundo o South China Morning Post, o ex-contra-almirante da Marinha dos EUA, Mark Montgomery, declarou, em audiência no Congresso americano no dia 15 de maio, que aproximadamente 500 militares dos EUA estariam atualmente destacados em Taiwan — número muito superior aos 41 agentes confirmados em relatório parlamentar norte-americano do ano anterior.

Para Jiang, essas informações representam mais uma evidência concreta da tentativa conjunta entre os EUA e as forças separatistas pró-independência de Taiwan de violar os interesses centrais da China, alterar o status quo no Estreito de Taiwan e intensificar as tensões regionais.

“Quem está provocando, apesar da forte oposição da China? Quem está desestabilizando o Estreito e incitando conflitos repetidamente?”, questionou o porta-voz. “Tenho certeza de que todos verão isso com clareza”, afirmou, destacando o descontentamento e a firme oposição de Beijing às ações norte-americanas.

O porta-voz reiterou que a questão de Taiwan representa o núcleo dos interesses fundamentais da China e constitui a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada nas relações sino-americanas.

“Instamos os Estados Unidos a cessarem qualquer forma de conluio militar com Taiwan. Caso contrário, acabarão se queimando ao brincar com fogo, sofrendo mais perdas do que ganhos”, alertou Jiang.

Ele também advertiu o DPP de que confiar em armamentos estrangeiros não garantirá proteção e que depender de forças externas para buscar a “independência de Taiwan” levará inevitavelmente ao fracasso.

“O Exército de Libertação Popular continuará a intensificar seu treinamento militar e a preparação para o combate, fortalecendo sua capacidade de lutar e vencer”, concluiu Jiang. “Tomaremos medidas resolutas para conter atividades separatistas pró-independência e interferências externas.”