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Comércio exterior da China mantém resiliência apesar de contrariedades

Fonte: Diário do Povo Online    10.06.2025 09h20

O comércio exterior da China demonstrou resiliência nos primeiros cinco meses de 2025, com o valor total do comércio aumentando 2,5% em relação ao ano anterior, impulsionado pelos esforços do país para otimizar sua estrutura comercial e estabilizar o crescimento.

A taxa de crescimento registrou um aumento de 0,1 ponto percentual em comparação com a obtida nos primeiros quatro meses de 2025. O valor total das importações e exportações de mercadorias foi de 17,94 trilhões de yuans (cerca de US$ 2,5 trilhões) no período de janeiro a maio, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas (GAC), divulgados na segunda-feira.

Durante os primeiros cinco meses de 2025, as exportações da China aumentaram 7,2% em relação ao ano anterior, para 10,67 trilhões de yuans, enquanto as importações caíram 3,8%, para 7,27 trilhões de yuans, segundo indicam os dados.

Veículos para exportação, no Porto de Yantai, na Província de Shandong, no leste da China, em 2 de janeiro de 2025. (Foto: Tang Ke/Xinhua)

Lyu Daliang, diretor do Departamento de Estatística e Análise da GAC, afirmou que o comércio de bens da China manteve uma "resiliência relativamente forte", apesar das pressões externas, já que a economia do país manteve sua trajetória de recuperação desde o início do ano.

"Em maio, o comércio exterior da China manteve sua trajetória de crescimento, com o ritmo de expansão acelerando notavelmente, após as negociações econômicas e comerciais de alto nível entre a China e os EUA (realizadas em Genebra no mês passado)", referiu a autoridade.

Somente em maio, as importações e exportações totais de bens da China em yuan aumentaram 2,7% face ao ano anterior. As exportações de bens aumentaram 6,3% em relação a 2024, enquanto as importações caíram 2,1%, de acordo com os dados.

"Diante de uma situação internacional mais complexa e desafiante, o comércio exterior da China superou as dificuldades e resistiu à pressão, mantendo um crescimento estável e demonstrando forte resiliência", afirmou Wang Xuekun, chefe da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica do Ministério do Comércio.

Essa resiliência foi sustentada por esforços dedicados para impulsionar o comércio em nível local. Na província de Jiangsu, no leste da China, o governo provincial prometeu aumentar o financiamento para apoiar a participação de exportadores em feiras internacionais. Desde o início do ano, mais de 1.400 empresas participaram de mais de 120 feiras internacionais.

No Município de Chongqing, no sudoeste da China, veículos de carga transfronteiriços transportando produtos chineses, como componentes para motocicletas e máquinas agrícolas, podem chegar ao Vietnã em apenas dois dias, após a liberação alfandegária em Chongqing.

Graças à pontualidade e flexibilidade do corredor rodoviário, os caminhões de carga transfronteiriços de Chongqing transportaram mercadorias no valor de 5,7 bilhões de yuans nos primeiros cinco meses de 2025, representando um aumento de 4,3 vezes em relação ao ano anterior.

Trem de carga China-Europa X8489 carregado com automóveis, peças de maquinaria e eletrodomésticos antes de sua partida para Duisburg, Alemanha, em Xi'an, província de Shaanxi, noroeste da China. (Foto de Sun Jixiang/Xinhua)

Melhorias Estruturais

Os dados do GAC de segunda-feira também revelaram melhorias estruturais contínuas no comércio exterior da China. As exportações de produtos de alta tecnologia tiveram um forte desempenho nos primeiros cinco meses de 2025, aumentando 6,1% em relação ao ano anterior em dólares americanos, enquanto as exportações de produtos mecânicos e elétricos cresceram 8,1% no mesmo período.

Em termos de parceiros comerciais, a ASEAN permaneceu como o maior parceiro comercial da China no período de janeiro a maio. Durante esse período, o comércio entre a China e a ASEAN totalizou 3,02 trilhões de yuans, um aumento anual de 9,1%.

Durante o mesmo período, o comércio da China com a União Europeia aumentou 2,9% em relação ao ano anterior, para quase 2,3 trilhões de yuans, enquanto o comércio com os Estados Unidos diminuiu 8,1% em relação ao ano anterior, para 1,72 trilhão de yuans, de acordo com os dados.

O comércio com os países parceiros da Iniciativa Cinturão e Rota aumentou 4,2%, para 9,24 trilhões de yuans, e o comércio com os países africanos atingiu um recorde histórico, com o volume de comércio China-África aumentando 12,4%, para 963,21 bilhões de yuans, durante este período.

Wang afirmou que, diante dos ventos contrários do crescente unilateralismo e protecionismo, a China enfrentará os desafios e tomará medidas para lidar adequadamente com os atritos comerciais e estabilizar o comércio exterior.

Segundo ele, essas medidas incluem o aproveitamento de oportunidades comerciais por meio da diversificação de parceiros e o apoio aos exportadores chineses na exploração do mercado interno por meio de campanhas promocionais e canais como supermercados e plataformas de comércio eletrônico para vender produtos de comércio exterior de alta qualidade.

Wang também enfatizou a necessidade de atribuir um maior apoio às empresas de comércio exterior, solicitando maiores esforços governamentais para ajudar as empresas a garantir negócios por meio de serviços de matchmaking em grandes feiras comerciais, bem como maior apoio financeiro.

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