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Empresas chinesas ampliam presença nos setores de alimentos e energia do Brasil

Fonte: Diário do Povo Online    03.06.2025 14h55

Encomendar comida para viagem, beber chá de leite e pedir carona são rotinas diárias familiares aos consumidores chineses e agora cada vez mais comuns no Brasil, à medida que as empresas chinesas ampliam sua presença nos setores.

A cerca de 18.000 quilômetros da China, as empresas chinesas estão aumentando seus investimentos no Brasil, com o objetivo de recriar "um dia na vida de um cidadão chinês" para os consumidores locais.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva testa um veículo produzido pelo Great Wall Motor da China, em 12 de maio de 2025.

O Brasil possui um grande e emergente mercado de consumidores. Como a maior economia da América Latina, o Brasil tem uma população de mais de 200 milhões, com aproximadamente 70% na faixa etária de 15 a 64 anos. Em 2024, seu PIB per capita atingiu cerca de US $ 10.000.

Conhecida por seu pesado uso de smartphones, o Brasil tem 86,2% de penetração na Internet, com o uso médio diário de celular chegando à cinco horas. Empresas de Internet chinesas, armadas com algoritmos avançados e experiência operacional, veem um forte potencial de expansão no mercado brasileiro.

O Brasil oferece forte potencial de crescimento e complementaridade industrial com a China, e os laços bilaterais amigáveis têm grande promessa, disse Bai Ming, pesquisador da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, em entrevista à China News Network.

Atualmente, as empresas de tecnologia chinesas estão acelerando os esforços para estabelecer equipes operacionais locais no Brasil.

A Keeta, o Serviço de Entrega de Alimentos do provedor de serviços de vida on-line chinesa Meituan, anunciou que planeja investir US $ 1 bilhão no Brasil nos próximos cinco anos. Além de construir uma rede de entrega sob demanda, a empresa pretende fornecer aos parceiros locais ferramentas de operação digital. Esse movimento representa não apenas um grande investimento de capital, mas uma profunda integração de ecossistemas tecnológicos.

O mercado do Brasil é altamente complementar às indústrias chinesas. Nos campos de energia e fabricação, as metas de atualização industrial do Brasil se alinham de perto com as da China.

O Brasil possui projetos abundantes de energia eólica e solar, mas carece de pesquisadores e equipamentos suficientes. A China tem uma clara vantagem em novas tecnologias de energia e talento qualificado, que atende perfeitamente às necessidades do Brasil, explicou uma fonte.

Atualmente, mais de 85% da eletricidade do Brasil vem de fontes renováveis, com os mercados de energia solar e eólica crescendo rapidamente. Para apoiar sua transição para uma economia de baixo carbono, o Brasil implementou o Plano Nacional de Energia 2050, que se alinha bem à expansão global dos novos três setores da China: veículos de novas energias, baterias de lítio e produtos fotovoltaicos.

Nos últimos anos, empresas chinesas como Powerchina e China General Nuclear Power Group investiram em projetos fotovoltaicos no Brasil, trazendo tecnologias chinesas para o mercado local.

No setor manufatureiro, a fábrica dos grandes motores de parede da China no Brasil deve iniciar operações em julho deste ano, com planos de estabelecer um centro de P&D e um centro de fabricação. A BYD e a Jac Motors também estão intensificando seus investimentos neste sexto maior mercado automotivo do mundo.

As empresas chinesas estão profundamente envolvidas na reformulação da Fundação Econômica do Brasil, impulsionando ainda mais o desenvolvimento da América Latina com produtos e tecnologias de alta qualidade. A internacionalização das empresas chinesas não é apenas sobre exportar o modelo chinês, mas sobre co-criar um novo paradigma global.

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