O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique, órgão encarregado de assuntos constitucionais e eleitorais, proclamou nesta segunda-feira Daniel Chapo o vencedor das eleições gerais de 9 de outubro.
Chapo vai suceder o atual presidente Filipe Nyusi para se tornar o quinto presidente da República de Moçambique.
Como candidato presidencial do partido no poder, a Frelimo, Chapo obteve 65,17% dos votos, menos do que os 70,67% anunciados em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), de acordo com os dados divulgados pela presidente do CC, Lúcia Ribeiro, em Maputo, capital moçambicana.
Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), obteve 24,19% dos votos, acima dos 20,32% anunciados pela CNE.
Ossufo Momade, do principal partido da oposição, a Renamo, obteve 6,62% e Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), obteve 4,02%.
Ribeiro disse que várias irregularidades foram encontradas durante o processo eleitoral, mas não o suficiente para invalidar as eleições.
De acordo com o CC, a Frelimo também conquistou a maioria absoluta nas eleições legislativas, obtendo 171 dos 250 lugares na Assembleia da República. O partido Podemos terminou em segundo lugar com 43 assentos no parlamento, seguido pela Renamo com 28 assentos e o MDM com 8 assentos.
A mídia local informou que mais de 100 civis morreram no caos pós-eleição e centenas ficaram feridos.