Li Dongkui caminha pela floresta no condado de Zhangwu, província de Liaoning, nordeste da China, em 31 de maio de 2024. (Foto: Yang Qing/Xinhua)
Após décadas de esforços incansáveis, a China fez progressos concretos na promoção de programas de florestação para combater a desertificação e contribuir para a restauração ecológica global.
Sendo um desafio ecológico premente que afeta vastas extensões da China, a desertificação tem sido um ponto focal entre as preocupações de desenvolvimento do país asiático e recebeu total empenho na sua formulação de políticas ambientais.
O Programa Florestal Three-North Shelterbelt (TSFP, na sigla em inglês), o maior projeto de florestamento do mundo, serve como um bom exemplo. Lançado em 1978 e com conclusão prevista para 2050, já ajudou a salvaguardar as terras habitadas por pessoas no noroeste, norte e nordeste da China.
Observado na quarta-feira (5), o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano teve como tema “restauração de terras, desertificação e resiliência à seca”. Este tema reflete a dedicação de longa data da China no combate à desertificação e na proteção ecológica.
A seguir estão alguns destaques da implementação do programa pela China durante décadas e suas conquistas na restauração de ecossistemas.
IMPULSO NACIONAL
-- A China anunciou na segunda-feira (3) um fundo especial no valor de 12 bilhões de yuans (cerca de 1,69 bilhões de dólares americanos) do orçamento central deste ano para fornecer apoio financeiro ao TSFP.
-- Em junho de 2023 a China propôs que o TSFP fosse transformado numa "Grande Muralha verde" totalmente funcional e inquebrável e numa barreira de segurança ecológica no norte da China.
-- No âmbito do programa, um total de 22 projetos estavam em construção até o final de 2023, expandindo o reflorestamento e o plantio de grama numa extensão total de aproximadamente 1,22 milhão de hectares.
-- No ano passado, a China aprovou os planos de controle de areia de 19 regiões provinciais e manteve cinco zonas de terras desertificadas isoladas para proteção, elevando a área total dessas zonas para 1,8 milhões de hectares.
REALIZAÇÕES DE VERDADE
-- Desde 1978, quando o TSFP foi iniciado, a China expandiu a sua área de florestação no âmbito do programa em 32 milhões de hectares. Até 2050, prevê-se que isto abranja mais de 4 milhões de quilômetros quadrados em 13 regiões a nível provincial, representando 42,4% da área total do país.
-- A taxa de cobertura florestal nas áreas abrangidas pelo programa aumentou de 5,05% em 1978 para 13,84% em 2023.
-- Em 2023, cerca de 4 milhões de hectares de floresta foram plantados no país, superior aos 3,83 milhões de hectares de florestação vistos em 2022, e 4,38 milhões de hectares de pastagens degradadas foram restaurados.
-- Cerca de 1,9 milhão de hectares de terras arenosas e pedregosas foram tratados no ano passado.
-- Desde 2012, foram reabilitados um total de 20,33 milhões de hectares de terras desertificadas, o que representa 53% de todas as terras desertificadas reversíveis no país.
-- Durante o período 2012-2022, a área de florestação acumulada da China atingiu 960 milhões de mu (64 milhões de hectares), enquanto 165 milhões de mu de pastagens foram melhorados e mais de 12 milhões de mu de zonas húmidas foram adicionados ou restaurados.
-- De 2009 a 2019, as terras desertificadas tiveram uma diminuição líquida de 50.000 km2, já as terras arenosas tiveram uma diminuição líquida de 43.300 km2.
-- Estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas nas áreas abrangidas pelo programa tenham saído da pobreza através do desenvolvimento das indústrias florestais e frutícolas.
