O Conselho de Segurança adotou na segunda-feira (25) uma resolução que exige um cessar-fogo imediato em Gaza durante o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.
A resolução obteve 14 votos a favor entre os 15 membros do conselho. Os Estados Unidos, que já haviam vetado três projetos de resolução que teriam pedido ou exigido um cessar-fogo em Gaza, abstiveram-se na segunda-feira, permitindo que o projeto fosse aprovado.
Exige também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, bem como a garantia de acesso humanitário para atender às suas necessidades médicas e outras necessidades humanitárias.
Exige ainda que as partes cumpram as suas obrigações ao abrigo do direito internacional em relação a todas as pessoas que detêm.
Imediatamente após a adoção da resolução, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou à sua implementação.
"O Conselho de Segurança acaba de aprovar uma resolução há muito esperada sobre Gaza, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Esta resolução deve ser implementada. O fracasso seria imperdoável", disse Guterres numa publicação no X, anteriormente conhecido como Twitter.
Zhang Jun, representante permanente da China nas Nações Unidas, apelou à implementação da resolução.
"As resoluções do Conselho de Segurança são vinculativas. Apelamos às partes envolvidas para que cumpram as suas obrigações nos termos da Carta da ONU e tomem as devidas medidas conforme exigido pela resolução", disse Zhang.
"Esperamos que os Estados com influência significativa desempenhem um papel positivo nas partes envolvidas, inclusive utilizando todos os meios necessários e eficazes à sua disposição para apoiar a implementação da resolução”, observou ele.
O Conselho de Segurança deve continuar acompanhando de perto a situação em Gaza e preparar-se para novas ações quando necessário para garantir a implementação oportuna e completa da resolução, ponderou Zhang em sua declaração de voto.