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Ministro da Agricultura e Florestas de Angola: a China não é apenas um amigo, é um irmão

Fonte: Diário do Povo Online    18.03.2024 09h27

Por Zhang Rong, Mauro Marques

António Francisco de Assis, Ministro da Agricultura e Florestas de Angola. (Foto: Zhang Rong, Diário do Povo Online)

Em 16 de março, o "Fórum de Negócios Angola-China 2024 sobre Petróleo e Gás, Recursos Minerais e Agricultura", decorreu em Beijing. Após a cerimônia de abertura, o ministro da Agricultura e Florestas de Angola, António Francisco de Assis, afirmou em declarações ao Diário do Povo Online que a China não se trata apenas de um 'amigo', mas sim de um 'irmão'.

Na tarde de 15 de março, o presidente Xi Jinping esteve reunido no Grande Palácio do Povo com o presidente de Angola, João Lourenço, que esteve em visita oficial à China. Os líderes dos dois países anunciaram que elevariam as relações sino-angolanas para uma parceria estratégica abrangente.

António afirma que se trata de um momento histórico para ambos os países, no qual o aprofundamento da cooperação em diversas áreas continuará a decorrer, especialmente no comércio e investimento.

Quanto à cooperação agrícola bilateral, o entrevistado destacou a presença de muitas empresas chinesas que estão já investindo em Angola. Ele citou o exemplo de uma empresa chinesa que implementou um projeto de cultivo arroz em Angola ao longo de uma extensão de cerca de 20.000 hectares.

Embora Angola tenha algumas empresas locais envolvidas na produção de arroz, persiste a necessidade de mais empresas e pessoas dispostas a investir na produção. Não só de arroz, mas também de outros produtos agrícolas como trigo, milho, soja, os quais requerem mais investimento e cooperação, afirma.

Sobre as críticas às relações sino-africanas, o ministro é contundente: "Não sabem o que se passa em Angola. Não têm a mínima noção do que se passa em Angola e, na primeira oportunidade que vocês tiverem de visitar Angola, vão ter a oportunidade de falar diretamente com a população que beneficia diretamente da presença dessas empresas".

"As empresas que produzem ao nível da agricultura nas regiões onde estão implantadas, transmitem conhecimento, transmitem know-how para as famílias, apoio com os meios que as famílias necessitam para produzir. Depois de obterem o produto final, conseguem inclusivamente obter apoio para vender a produção própria. Temos também exemplos no domínio social, no domínio da saúde, por exemplo. No ano passado tivemos uma situação de calamidade, inundações em algumas regiões. Uma das empresas que produz arroz, ofereceu ao governo toneladas de arroz para conter a situação de fome nas áreas afetadas", refere.

António conclui suas declarações com um voto de confiança nas relações bilaterais e, ao mesmo tempo, lança um remoque às críticas: "Estamos a caminhar bem, os que não estão connosco é que sentem inveja tanto da China como de nós angolanos. Deixem-nos fazer o nosso próprio caminho que estamos todos seguros naquilo que estamos a fazer".

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