No ano passado, o investimento anual da China em pesquisa e desenvolvimento (P&D) ultrapassou os 3,3 biliões de yuans (458,4 mil milhões de dólares) em 2023, um aumento de 8,1% face ao ano anterior, disse Yin Hejun, ministro da Ciência e Tecnologia da China.
Yin fez a observação em uma entrevista, após a reunião de abertura da segunda sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (APN), na terça-feira. Ele acrescentou que, entre os fundos alocados, o financiamento para a pesquisa básica foi de 221,2 bilhões de yuans, um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior.
No ano passado, foram assinados 950 mil novos contratos de tecnologia na China; as patentes de invenções autorizadas atingiram as 921 mil, um aumento de 15,3% em relação ao ano anterior, frisou.
"Os carros elétricos, baterias de íon-lítio e produtos fotovoltaicos, os chamados 'três novos itens' para exportação nos quais todos estão focados, registraram taxas de crescimento muito satisfatórias nas exportações no ano passado. A inovação tecnológica não só aumentou a competitividade das indústrias tradicionais do nosso país, como também solidificou a base para o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade, injetando um novo impulso", disse ele.
Yin mencionou que, no ano passado, a China alcançou uma série de grandes conquistas originais em tecnologia quântica, circuitos integrados, inteligência artificial, biomedicina e novas energias, incluindo a operação oficial da primeira central nuclear de quarta geração do mundo e a operação comercial de aeronaves C919 de grande porte.
No futuro, a China aumentará ainda mais o investimento na investigação científica e tecnológica e continuará a fortalecer a investigação básica, aproveitará as vantagens dos laboratórios nacionais e das instituições nacionais de investigação científica e constituirá uma "equipa nacional" para a construção de um país forte em ciência e tecnologia, afirmou.
Enquanto isso, a China saúda a cooperação internacional para injetar continuamente mais inovação no desenvolvimento de alta qualidade, disse.
Yin enfatizou o importante papel dos jovens no desenvolvimento tecnológico: "Os jovens são os mais criativos e têm o maior potencial de inovação. Eles são agora uma força importante para o nosso país avançar na autossuficiência científica e tecnológica de alto nível. No futuro, serão a principal força na construção de um país forte em ciência e tecnologia".
Yin disse que, nas principais tarefas científicas e tecnológicas, a China proporcionou aos jovens, na medida do possível, oportunidades e plataformas. Por exemplo, nos projetos da Fundação Nacional de Ciências Naturais, 80% dos projetos são realizados por pessoal com menos de 45 anos. Nos principais projetos nacionais de programas de investigação e desenvolvimento, já existem mais de 1.100 projetos liderados por cientistas com menos de 40 anos, representando mais de 20% do total.
"Em muitos dos principais projetos científicos e tecnológicos do país, os jovens estão por toda parte. Em grandes projetos como a Navegação Beidou, a exploração lunar e o telescópio FAST da China, a idade média de muitas equipes de projeto é de pouco mais de 30 anos, o que muitos países invejam", disse.
Yin disse que a China fará da formação de jovens talentos em ciência e tecnologia uma tarefa estratégica de longo prazo, criará condições favoráveis para eles, e "dar-lhes-á mais confiança, mais ajuda e um apoio mais forte".
"(Iremos) mobilizar esforços de todas as partes para resolver as suas principais preocupações, como compensação salarial, saúde física e mental e vida familiar", disse ele.
Yin mencionou ainda que o Ministério da Ciência e Tecnologia introduziu políticas para incentivar as unidades a alocar mais de metade das suas despesas de investigação básica a jovens com menos de 35 anos.
