A meta de crescimento de 5% delineada no Relatório Anual de Trabalho do Governo está em linha com o objetivo da China de criar 12 milhões de empregos urbanos este ano e transformar-se numa economia desenvolvida de nível médio até 2035, disse o chefe do grupo de trabalho de elaboração do relatório na terça-feira (5).
Huang Shouhong, diretor do Escritório de Pesquisa do Conselho de Estado, que liderou o processo de elaboração, disse em uma coletiva de imprensa em Beijing que o número foi decidido considerando uma série de fatores, incluindo a situação nacional e internacional, as necessidades práticas da China e todos os tipos de possibilidades.
"Existem condições e bases para atingirmos a meta de 5%", disse ele na entrevista coletiva organizada pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado.
Huang disse que é necessário um certo nível de taxa de crescimento para criar mais empregos, aumentar os níveis de renda e neutralizar os riscos.
Citando o emprego como exemplo, ele disse: "A China enfrenta uma pressão relativamente forte para criar mais de 12 milhões de empregos este ano. De acordo com estimativas baseadas na correlação entre o emprego e a taxa de crescimento, a economia chinesa deve expandir-se cerca de 5% para atingir a meta de trabalho".
Huang observou que a taxa também é definida tendo em mente as metas de modernização do país. A China comprometeu-se em reforçar o seu produto interno bruto per capita para um nível equivalente ao das economias desenvolvidas de nível médio, o que requer um crescimento anual de cerca de 5% este ano para se manter no caminho certo.
"A China tem confiança e capacidade para atingir a meta", disse ele, acrescentando que os pontos fortes que impulsionaram o crescimento de dois dígitos ainda estão presentes, incluindo um mercado supergrande, uma cadeia industrial completa e uma força de trabalho altamente treinada.
“Enquanto isso, os novos impulsionadores do desenvolvimento estão se fortalecendo ano após ano”, disse ele, citando os veículos elétricos como exemplo. Em menos de duas décadas, o setor de veículos elétricos da China passou de quase nada para um setor alargado, cuja capacidade de produção e volume de vendas representam agora mais de 60% do mundo.
Ele disse que mais fatores positivos também estão surgindo, como o enfraquecimento do peso da Covid-19 na economia e o progresso nas áreas do setor imobiliário, da dívida do governo local e do setor financeiro.
“Em suma, as vantagens superam as desvantagens para a economia chinesa”, enfatizou ele.
