Parceria sino-brasileira reflete valores compartilhados

Fonte: Diário do Povo Online    16.01.2024 09h11

Por Li Yang, China Daily

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, deverá visitar o Brasil ainda esta semana, após encerrar sua viagem por quatro países da África, iniciada no sábado. Dado o importante papel que o gigante latino-americano desempenha no mundo, o significado desta visita não pode ser exagerado.

Espera-se que a visita dê continuidade ao impulso positivo do desenvolvimento da parceria estratégica abrangente China-Brasil que foi efetivamente consolidada pela visita de Estado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China, em abril do ano passado.

Este ano marca o 50º aniversário da fundação das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Nos últimos 50 anos não só ambos os países se tornarem os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, respectivamente, como também passaram a ser intervenientes importantes na cena mundial.

A complementaridade da sua estrutura econômica significa que as duas partes não só têm um grande potencial para aprofundar sua atual cooperação em áreas como minerais e tecnologia, como podem expandi-la para novos sectores, incluindo a proteção ambiental, as alterações climáticas, a economia hipocarbónica e a economia digital.

O desenvolvimento da cooperação econômica e comercial pragmática sino-brasileira tem por objetivo promover o desenvolvimento comum dos dois países e não visa terceiros. Os dois lados, defendendo a equidade e a justiça internacionais, estão prontos para trabalhar uns com os outros para fortalecer a coordenação estratégica no G20, nos BRICS e em outras instituições multilaterais, melhorar a coordenação e a cooperação nas finanças internacionais, na resposta climática e na proteção ambiental, e contribuir para com esforços para alcançar um desenvolvimento global mais justo e mais equilibrado.

Perante tal cenário, é previsível que haja nos Estados Unidos alguém que tente interpretar maliciosamente a visita de Wang como a mais recente tentativa de Beijing de criar problemas no “quintal” de Washington. Todavia, os países latino-americanos – especialmente uma economia de mercado emergente tão importante como o Brasil – não são o “quintal” de ninguém.

A sua crença partilhada e firme no verdadeiro multilateralismo e na defesa da ordem internacional centrada nas Nações Unidas e na globalização econômica, colocaram o Brasil e a China na mesma trincheira na luta contra o unilateralismo, a hegemonia e o protecionismo. Isso não significa que estejam a tentar derrubar o sistema internacional. Pelo contrário, antes significa que estão tentando melhorá-lo.

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

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