China pede cessação imediata das hostilidades entre israelenses e palestinos

Fonte: Xinhua    08.11.2023 09h53

A China pediu nesta terça-feira às partes do conflito israelense-palestino que cessem imediatamente as hostilidades.

Desde o início da nova rodada de conflitos, os palestinos em Gaza definharam em meio a bombardeios indiscriminados. Eles não são poupados mesmo em hospitais, escolas, campos de refugiados e instalações da ONU. Nas palavras do secretário-geral da ONU, António Guterres, as pessoas em Gaza enfrentam uma avalanche de sofrimento humano, disse Geng Shuang, vice-representante permanente da China nas Nações Unidas.

É preciso deixar claro, mais uma vez, que toda a violência e ataques contra civis devem ser condenados e qualquer violação do direito internacional rejeitada. O uso indiscriminado da força é inaceitável. As instalações civis, como hospitais, escolas e campos de refugiados, não podem nem devem se tornar alvos de operações militares. A segurança do pessoal da ONU e dos trabalhadores humanitários e médicos deve ser garantida, disse ele em uma reunião plenária do Quarto Comitê da Assembleia Geral da ONU sobre práticas israelenses e atividades de assentamento em territórios ocupados.

"A China pede às partes em conflito que respondam ao apelo esmagador da comunidade internacional por um cessar-fogo, cessem imediatamente as hostilidades, desembaraçem-se e façam todos os esforços para evitar uma nova escalada", disse. "Pedimos a Israel, como potência ocupante, que cumpra suas obrigações sob o direito internacional, restaure rapidamente os suprimentos básicos de subsistência para Gaza, proteja as comunicações locais, garanta a entrega desobstruída de ajuda humanitária e pare com a punição coletiva da população de Gaza."

A China rejeita firmemente o deslocamento forçado e a realocação forçada da população palestina e pede o levantamento imediato da ordem de evacuação para o norte de Gaza, acrescentou.

Como disse o secretário-geral, a situação de hoje não aconteceu no vazio. O fato por trás do conflito em Gaza é que o espaço de vida palestino foi espremido até o limite por mais de meio século de ocupação israelense, disse Geng.

A expansão contínua das atividades de assentamentos, que invade as terras palestinas, se apropria dos recursos palestinos e viola o direito dos palestinos à autodeterminação, tornou ainda mais difícil um Estado palestino independente, soberano e contíguo. A escalada da violência, a deterioração da situação humanitária e o desespero crescente são um lembrete constante de que o status quo no território palestino ocupado é insustentável, disse ele.

Israel deve parar de violar a Resolução 2334 do Conselho de Segurança, cessar todas as atividades de assentamento, parar de expulsar palestinos, parar com a intensificação da violência dos colonos e retornar ao caminho certo da solução de dois Estados o mais rápido possível, disse ele.

A comunidade internacional deve enfrentar as causas profundas do problema e não deve mais usar a gestão fragmentada da crise em vez de uma solução abrangente e justa, ou compensar os déficits políticos e de segurança com medidas econômicas e humanitárias limitadas, disse ele.

A China pede às Nações Unidas e ao Conselho de Segurança que tomem medidas responsáveis e significativas para apoiar o povo palestino na restauração e exercício dos seus direitos inalienáveis. Como presidente do Conselho de Segurança em novembro, a China continuará a manter uma estreita comunicação com todas as partes envolvidas, desempenhará um papel construtivo na promoção da cessação das hostilidades, na proteção de civis e na prevenção de uma catástrofe humanitária maior, de modo a fazer esforços incessantes para uma solução abrangente, justa e duradoura da questão palestina, disse ele.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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