A China mantém uma atitude aberta e acolhedora sobre a visita da secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, ao país, e está em comunicação com o lado norte-americano sobre o assunto, segundo informou o Ministério do Comércio nesta quinta-feira.
A China continua comprometida em abordar as preocupações econômicas e comerciais uns dos outros com os Estados Unidos por meio do diálogo, e em promover uma cooperação construtiva e pragmática, disse a porta-voz do ministério, Shu Jueting, em uma entrevista coletiva regular.
Shu também respondeu a perguntas sobre a recente visita da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, à China, incluindo um questionamento sobre que medidas práticas o país anfitrião havia pedido, durante a visita, para que os Estados Unidos tomassem em resposta às preocupações da China sobre as sanções e a repressão econômicas dos EUA.
Shu disse que, nos últimos anos, os Estados Unidos vêm colocando um grande número de empresas chinesas sob listas negras de várias sanções e repressão com base nos pretextos de segurança nacional e direitos humanos, entre outros, o que prejudicou gravemente os direitos e interesses legítimos dessas empresas chinesas.
"A China se opõe firmemente a isso e exige que os Estados Unidos parem imediatamente sua supressão desarrazoada contra empresas chinesas, levantem suas sanções unilaterais contra elas e injetem energia positiva na cooperação econômica e comercial China-EUA", disse Shu.
Quando perguntada sobre o anúncio do Japão de restringir as exportações de equipamentos de fabricação de semicondutores para a China a partir de 23 de julho, Shu disse que certos países têm politizado questões econômicas e comerciais, exagerando conceitos de segurança nacional e enfraquecendo deliberadamente as conexões com a China em campos como semicondutores.
"A medida prejudicará severamente os interesses das empresas em ambos os países e interromperá o padrão de cooperação mutuamente benéfica que se formou na indústria por muito tempo", disse Shu, acrescentando que também afetará a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.
Shu disse que o lado japonês deve considerar seus próprios interesses e a situação geral da cooperação econômica e comercial China-Japão, honrar as promessas de livre comércio e economia de mercado, respeitar as regras econômicas e comerciais internacionais e evitar interferência política na cooperação econômica e comercial bilateral.