Excluir a China em nome de mitigar riscos é jogar fora oportunidades, estabilidade e desenvolvimento, tal medida só criaria e espalharia riscos e ninguém se beneficiaria, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin.
As declarações de Wang vieram depois que algumas autoridades americanas e europeias defenderam recentemente "desarriscar" em relação à China.
"Quando se fala em mitigar riscos, é preciso saber quais são os riscos e de onde eles vêm", explicou Wang.
A China desempenhou um papel importante na resposta à crise financeira asiática e à crise financeira internacional, apresentou a Iniciativa do Cinturão e Rota, a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global, a Iniciativa de Civilização Global e a visão de uma comunidade humana com um futuro compartilhado e está comprometida com a solução de questões internacionais e regionais de destaque, acrescentou.
Observando que a China é, sem dúvida, uma força em prol de estabilidade, uma fonte de certeza e um fator de previsibilidade à medida que o mundo passa por mudanças nunca vistas em um século, Wang salientou que a China traz oportunidades, não riscos, e que qualquer um que veja a China como a fonte de riscos está errando seu alvo.
"No mundo de hoje, o fracasso em cooperar é o maior risco, o fracasso em se desenvolver é a maior ameaça à segurança e o fracasso em se unir é o maior desafio", manifestou Wang.
O que os países precisam se precaver em conjunto são: riscos políticos decorrentes da instigação para confrontação entre blocos e uma nova Guerra Fria; riscos econômicos decorrentes de "dissociação", cadeias industriais e de suprimentos fragmentadas e "pequenos pátios com cercas altas"; riscos militares decorrentes de interferência e agressão militar e expansão de alianças militares; riscos diplomáticos decorrentes de transferência de culpas e desvios de riscos; e riscos decorrentes de tentativas de provocar divisão e confrontação entre o público, enfatizou ele.
Wang ressaltou que a China não é a fonte desses riscos, mas uma força firme para preveni-los e desativá-los. Excluir a China em nome de "desarriscar" é jogar fora oportunidades, estabilidade e desenvolvimento. "Tal medida só criaria e espalharia riscos, e ninguém se beneficiaria disso", acentuou.
Ele lembrou que, nos últimos meses, um grande número de altos executivos de empresas multinacionais visitou a China, que é essencialmente sua maneira de expressar apoio à cooperação com o país. "Estamos prontos para melhorar o diálogo e a cooperação com as partes que têm a sinceridade de se proteger contra e abordar conjuntamente os riscos reais e contribuir para a paz, a segurança e a prosperidade mundiais", finalizou o porta-voz.