China pede que AIEA não endosse plano japonês para descarregar água contaminada de usina nuclear

Fonte: Xinhua    29.06.2023 10h10

A China espera que o Secretariado da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aja de forma objetiva, profissional e justa, em vez de apoiar o plano do Japão para descarregar a água contaminada de usina nuclear, disse na quarta-feira Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Mao Ning fez as observações em resposta a uma reportagem da mídia de que o governo japonês obteve de antemão o rascunho do relatório da Força-Tarefa da AIEA que revisa a descarga de água tratada da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, e levantou sugestões de revisão substantivas, exercendo influência inadequada na conclusão do relatório final. A reportagem da mídia também diz que autoridades japonesas fizeram doações políticas no valor de mais de 1 milhão de euros para a equipe do Secretariado da AIEA.

Mao manifestou que o relatório chamou a grande atenção da China.

"O que está nessa reportagem aumentou a preocupação do mundo com a descarga de água contaminada de usina nuclear no oceano pelo Japão", destacou ela, acrescentando que as pessoas têm todos os motivos para questionar a imparcialidade e objetividade do relatório final de revisão da Força-Tarefa da AIEA.

O governo japonês tem a responsabilidade de dar uma explicação confiável e o público também precisa de uma resposta do Secretariado da AIEA, apontou.

Mao expressou que a posição da China é consistente sobre a descarga da água nuclear contaminada no oceano. "A descarga afeta os interesses comuns da comunidade internacional. Não é assunto interno do Japão."

A China insta o Japão a levar a sério as preocupações internacionais e domésticas, parar de prosseguir à força com seu plano de descarga oceânica, lidar com a água nuclear contaminada de forma científica, segura e transparente e se sujeitar a uma supervisão internacional rigorosa, afirmou a porta-voz.

"Também esperamos que o Secretariado da AIEA aja de maneira objetiva, profissional e justa, respeite e adote plenamente os pontos de vista dos especialistas de todas as partes na Força-Tarefa e apresente um relatório de revisão que possa passar pelo teste da ciência e da história, em vez de endossar o plano de descarga do Japão", ressaltou, observando que o mundo está observando de olhos bem abertos.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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