Cerca de três milhões de pessoas deixaram a situação de extrema pobreza desde janeiro, com a mudança de governo no Brasil, afirmou na quinta-feira o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.

Ao participar de um evento em Brasília, Dias atribuiu a redução da extrema pobreza à ampliação do famoso programa de transferência de renda Bolsa Família criado pelo governo do presidente Lula e disse que o objetivo é chegar a 8 milhões de pessoas que deixam a extrema pobreza em junho.

Segundo o ministro, em maio, será colocada em prática a última etapa do novo Bolsa Família, com 50 reais (US$ 10) extras para as mulheres grávidas e para as famílias que têm crianças até 7 anos de idade. Em maio, também, se aplicará a regra da renda mínima per capita de 142 reais (US$ 28,4).

"Uma família de 10 membros recebia 600 reais (US$ 120), sem criança, sem gestante, sem adolescentes e agora começará a receber 1.420 reais (US$ 280,4), graças aos 142 reais per capita. É uma ação para tirar as pessoas da extrema pobreza", destacou.

Segundo dados oficiais, o Brasil bateu um recorde de pessoas vivendo em situação de pobreza em 2021, com 62,5 milhões vivendo abaixo da linha da pobreza, sendo que 17,9 milhões eram extremamente pobres. Em termos percentuais, isso significa que 29,4% da população brasileira era empobrecida e 8,4% vivia na extrema pobreza.