A partir de 29 de abril, os viajantes que chegarem à China podem optar por fazer testes de antígeno 48 horas antes do embarque, não estando sujeitos a um teste de ácido nucleico. As companhias aéreas não verificarão mais os resultados dos testes antes da partida, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China na terça-feira.

De acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, a China refinou seus requisitos de teste pré-partida para facilitar ainda mais as viagens transfronteiriças e garantir viagens seguras e organizadas.

Desde que a China anunciou o rebaixamento do gerenciamento da Covid-19 da Classe A para a Classe B a partir de 8 de janeiro, os requisitos de quarentena foram removidos para as pessoas que dão entrada no país. Todavia, os viajantes tiveram ainda que apresentar resultados de teste de ácido nucleico negativos adquiridos até 48 horas antes da partida.

Mao disse que a China continuará a otimizar suas políticas à luz da evolução da situação epidêmica, de modo a garantir viagens seguras e organizadas entre a China e outros países.

Especialistas disseram que o ajuste foi feito no momento certo, depois que a China avaliou a situação e que terá definitivamente um efeito positivo nas trocas de pessoas e bens, atividade comercial, entre outros setores, especialmente a recuperação das viagens transfronteiriças durante o próximo feriado de primeiro de maio.

De acordo com a principal plataforma de viagens da China, Qunar.com, as reservas de voos de saída de 29 de abril a 3 de maio retomaram 45% do período homólogo em 2019. As reservas de viagens para o exterior atingiram mais de 200% em comparação com os feriados do Festival da Primavera em janeiro.

A Região Administrativa Especial de Hong Kong da China, Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Austrália estão entre os destinos mais populares, enquanto o Egito, Emirados Árabes Unidos, Itália e França estão também em rápido crescimento.

Li Tongzeng, médico-chefe do departamento de doenças respiratórias e infecciosas do Hospital You'an de Beijing, disse ao Global Times na terça-feira que os riscos de remover a exigência de testes de ácido nucleico de Covid-19 são gerenciáveis, pois a epidemia tem uma baixa prevalência no resto do mundo e a China tem recursos médicos suficientes e uma taxa de vacinação alta para fazer frente ao possível aumento de infeções locais causadas por casos importados.

Li disse que mais de 80% das pessoas infetadas com Covid-19 agora são aquelas que não contraíram o vírus antes e que a maioria das pessoas infetadas pela segunda vez terá sintomas relativamente mais leves, pondo de parte as preocupações em relação a uma segunda onda chegando à China.