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Bolsonaro afirma na ONU que Brasil está "em plena recuperação" econômica

Fonte: Xinhua    22.09.2022 08h36

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou na terça-feira que, diferentemente da maioria dos países, o seu vive um bom momento na economia e está "em plena recuperação" depois do impacto causado pela COVID-19.

Ao discursar na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na qual, segundo a tradição, o presidente brasileiro é o primeiro mandatário a falar, Bolsonaro destacou os bons números da economia do país, como a queda da inflação e do desemprego e a implementação de reformas para atrair investimentos.

"Em 2021, o Brasil foi o quarto destino do investimento estrangeiro direto no mundo. Nosso comércio exterior alcançou a marca histórica de 39% do Produto Interno Bruto (PIB), inclusive, enquanto eram reduzidos ou eliminados os impostos de milhares de produtos. A nível nacional, também estamos batendo recordes em três âmbitos: na arrecadação de impostos, nos lucros das empresas públicas e na relação entre a dívida pública e o PIB", ressaltou Bolsonaro em um balanço, em tom considerado eleitoral, de seu governo.

Bolsonaro também se referiu ao meio ambiente, ao afirmar que o Brasil impulsiona há décadas a transição energética e destacou os investimentos crescentes na produção de energias limpas.

"O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, como reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Uma Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20", comentou.

Para Bolsonaro, o Brasil pode se converter no futuro em um importante exportador mundial de energia limpa.

"Temos um excedente, já em construção que poderia alcançar mais de 100 gigawatts entre biomassa, eólica terrestre e solar, além da oportunidade ainda não aproveitada de 700 gigawatts de eólica marinha, com um dos custos de produção mais baixos do mundo", assegurou.

"Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação. Parte dessa energia 100% limpa abre a possibilidade de que possamos vir a ser fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente na região nordeste do Brasil, com uma das menores pegadas de carbono do mundo", acrescentou.

Em outro momento de sua fala de 20 minutos, o presidente brasileiro defendeu um diálogo para solucionar o conflito na Ucrânia e se mostrou contrário a aplicar sanções.

"Tanto na ONU como nos outros fóruns, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, provocado pela polarização em torno do conflito. Nesse sentido, somos contra o isolamento diplomático e econômico", afirmou.

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