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Chanceler chinês se reúne com ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger

Fonte: Xinhua    21.09.2022 16h20

O conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, reuniu-se com o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger em Nova York na segunda-feira.

Wang parabenizou Kissinger pelo seu próximo 100º aniversário, chamando-o de um velho e bom amigo do povo chinês, que fez contribuições históricas para o estabelecimento e desenvolvimento das relações China-EUA.

Wang ressaltou que o lado chinês aprecia o fato de Kissinger sempre ter sido amigável com a China e ter confiança nas relações sino-americanas.

Wang expressou a esperança de que Kissinger continue a desempenhar um papel único e importante e a ajudar as relações bilaterais a retomarem o mais rápido possível o caminho certo.

Este ano marca o 50º aniversário da visita do ex-presidente americano Richard Nixon à China e da publicação do Comunicado de Shanghai, lembrou Wang, acrescentando que a China e os Estados Unidos devem resumir seriamente a experiência vinda de 50 anos de intercâmbios.

Salientando que a política da China em relação aos Estados Unidos tem mantido continuidade e estabilidade, Wang observou que o presidente chinês, Xi Jinping, apresentou os três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação de ganhos mútuos para ambos os lados.

Os princípios não são apenas o acúmulo de 50 anos de experiência em relações bilaterais, mas também os princípios básicos que devem ser seguidos em conjunto na próxima etapa do desenvolvimento, sublinhou Wang.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez comentários de que os Estados Unidos não buscam uma nova Guerra Fria com a China; não visam mudar o sistema da China; a revitalização de sua aliança não é dirigida à China; os Estados Unidos não apoiam a "independência de Taiwan" e não têm intenção de buscar um conflito com a China, observou Wang.

Entretanto, as ações do lado norte-americano vão contra os seus compromissos, indicou Wang.

A partir de uma percepção errada da China, os Estados Unidos insistem em ver o país como seu principal rival e um desafio a longo prazo, e algumas pessoas até descreveram o sucesso das trocas China-EUA como um fracasso, que não respeita nem a história nem a si mesmos, apontou Wang.

Kissinger certa vez advertiu que as relações bilaterais já estão no "sopé da Guerra Fria".

O lançamento de uma "nova Guerra Fria" entre a China e os Estados Unidos será um desastre não só para os dois países, mas também para o mundo inteiro, advertiu Wang, acrescentando que o lado americano deve retornar a uma política racional e prática em relação à China, voltar para o caminho certo dos três comunicados conjuntos China-EUA e manter a base política das relações bilaterais.

Wang enfatizou que a principal prioridade agora é resolver adequadamente a questão de Taiwan, caso contrário, isso terá um impacto subversivo nas relações bilaterais.

A visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à região chinesa de Taiwan, a deliberação do "Projeto de Lei de Política sobre Taiwan 2022" pelo Senado dos EUA e as observações sobre o apoio à defesa de Taiwan desafiaram seriamente os três comunicados conjuntos China-EUA e minaram seriamente a fundação política das relações bilaterais, indicou Wang.

É o maior desejo da China de realizar uma reunificação pacífica, que o povo chinês fará o melhor para alcançar, disse Wang, acrescentando que deve ser notado que quanto mais desenfreada for a "independência de Taiwan", menos provável será a resolução pacífica da questão.

O velho ditado chinês - é melhor perder mil tropas do que um centímetro de terra - descreve melhor a determinação e a resolução do povo chinês, disse Wang.

Se a Lei Anti-Secessão for violada, a China tomará medidas resolutas de acordo com a lei para salvaguardar a soberania e a integridade territorial do país, afirmou Wang, enfatizando que, para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, os Estados Unidos devem retornar seriamente ao significado original de Uma Só China, e claramente se opor e refrear a "independência de Taiwan".

Kissinger lembrou a história de alcançar o Comunicado de Shanghai com os então líderes chineses e disse que a extrema importância da questão de Taiwan para a China deve ser totalmente compreendida.

Os Estados Unidos e a China devem ter diálogo e não confrontação e devem construir uma relação bilateral de coexistência pacífica, disse ele.

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