Genro brasileiro na China testemunha mudanças do consumo chinês

Fonte: Xinhua    13.09.2022 15h05

Cabelo preto encaracolado, camisa estilo praia, violão... Todas as noites, as pessoas podem ver o brasileiro Delei Duarte tocando no palco de um bar-restaurante perto do rio Jiangxi, em Nanchang, capital provincial de Jiangxi, leste da China. Quem o vê não pode imaginar que este artista enérgico já tem 60 anos.

Delei, dono do bar-restaurante, prefere se chamar de "amante da música" ao invés de empresário. Ele se apaixonou pela música quando era criança e tocava violão muito bem. Quando jovem, teve um "sonho oriental" e ficou especialmente fascinado pela China. Então, quando um amigo o convidou para ser guitarrista em um hotel em Datong, na Província de Shanxi, norte da China, ele prontamente concordou. Ele fechou o bar que estava operando no Brasil há anos e cruzou o oceano para começar uma vida diferente na China.

Em seu segundo ano, Delei mudou-se para Nanchang. Foi lá que conheceu sua esposa, nativa, e abriram três bares sucessivamente em mais de uma década desde o casamento. Todos batizados com o nome do estilo musical brasileiro Bossa Nova.

Ao entrar no bar de Delei, que se localiza no distrito de Honggutan, em Nanchang, as pinturas e esculturas penduradas nas paredes mostram um forte estilo brasileiro. Delei quer apresentar a cultura brasileira para clientes em Nanchang e para amigos de todo o mundo. No bar, há uma "parede de papel-moeda" composta por notas de mais de 70 países. Delei diz que esses "dinheiros da sorte" são bênçãos dos clientes. Clientes de diferentes países podem deixar notas de seus locais de origem quando chegam ao bar pela primeira vez. Ao longo do tempo, a parede se tornou uma atração a mais no bar.

Para Delei, a chave para administrar um restaurante é a "sinceridade". Fazer os clientes se sentirem em um local autêntico é o que os faz voltar e a razão pela qual o bar Bossa Nova é bem recebido em Nanchang há tantos anos. O bar já faz parte da vida dos frequentadores, muitos dos quais estão acostumados a ouvir músicas e saborear a culinária brasileira com os amigos à noite. Ao longo dos anos, mais de uma dúzia de casais Leste-Oeste se conheceram ali.

Aos olhos de Delei, nenhum país mudou tanto quanto a China nos últimos dez anos. Do pagamento em dinheiro ao pagamento por código QR, de comer em restaurantes a pedir refeições no celular sem sair de casa, Delei passou a ter um novo entendimento sobre a vida cotidiana. "Quando as pessoas vêm ao meu restaurante, elas podem pegar a comida eles mesmos e pagar a conta escaneando o código QR. É muito conveniente."


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(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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