Foto de arquivo tirada em 10 de junho de 2016 mostra a rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha em Londres, Grã-Bretanha. A rainha Elizabeth II, a monarca mais antiga da história da Grã-Bretanha, morreu aos 96 anos, anunciou o Palácio de Buckingham em 8 de setembro de 2022. (Foto: Han Yan Xinhua)
A rainha Elizabeth II, a monarca com o reinado mais longo da história da Grã-Bretanha, morreu aos 96 anos, anunciou o Palácio de Buckingham na quinta-feira (8).
"A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde", disse o Palácio de Buckingham por meio de comunicado.
"O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã", acrescentou, indicando que seu filho, o príncipe Charles, agora se tornou o novo rei da Grã-Bretanha.
No início do dia, o Palácio de Buckingham informou que a monarca estava sob supervisão médica devido a preocupações dos médicos com sua saúde. Os membros da família real logo correram para a Escócia para ficar ao lado dela após o anúncio.
"A morte de minha amada mãe, Sua Majestade a Rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família", afirmou o rei Charles em comunicado.
"Lamentamos profundamente a morte de uma Soberana querida e de uma Mãe muito amada. Eu sei que sua perda será profundamente sentida em todo o país, nos Reinos e na Comunidade das Nações, e por inúmeras pessoas ao redor do mundo", acrescentou.
A rainha Elizabeth II morreu dois dias depois de nomear Liz Truss como a nova primeira-ministra britânica, sucedendo a Boris Johnson.
A monarca reduziu suas aparições públicas nos últimos meses devido a problemas de mobilidade após se recuperar da Covid-19 em fevereiro. Durante a celebração nacional de quatro dias no início de junho para marcar seus 70 anos no trono, ela fez duas breves aparições apenas na varanda do Palácio de Buckingham.
Após o anúncio da morte da rainha, milhares de pessoas se reuniram do lado de fora do Palácio de Buckingham em Londres, apesar da chuva, para prestar homenagem. A mídia local disse que a Grã-Bretanha entrará em um período oficial de luto de 10 dias a partir desta sexta-feira (9). Houve uma enxurrada de condolências de políticos e governos após o falecimento da rainha.
"A rainha Elizabeth II foi a rocha sobre a qual a Grã-Bretanha moderna foi construída. Nosso país cresceu e floresceu sob seu reinado. Nos dias difíceis que virão, nos reuniremos com nossos amigos em todo o Reino Unido, a Comunidade das Nações e o mundo para celebrar sua extraordinária vida de serviço. É um dia de grande perda, mas a rainha Elizabeth II deixa um grande legado", disse Truss em comunicado.
"Lamentamos a morte da rainha Elizabeth II. Ela foi um modelo e inspiração para milhões, também na Alemanha. Seu compromisso com a reconciliação germano-britânica após os horrores da Segunda Guerra Mundial permanecerá inesquecível", tuitou o chanceler alemão Olaf Scholz.
"A rainha Elizabeth II acaba de falecer. Uma era elisabetana está chegando ao fim. O Reino Unido carrega para sempre o selo daquele que o encarnou por setenta anos com força e autoridade moral inalteráveis. A França presta homenagem à mulher que marcou o história de seu país, nosso continente e seu século", disse o Palácio do Eliseu da França em comunicado.
Nascida em 21 de abril de 1926, Elizabeth II foi proclamada rainha após a morte de seu pai, o rei George VI, em 6 de fevereiro de 1952. Ela foi formalmente coroada monarca do Reino Unido em 2 de junho de 1953.
Ela foi considerada "um farol de esperança" para a nação ao usar seus discursos anuais de Natal, transmitidos pela televisão desde 1957, para reunir a nação em tempos de dificuldades.
No total, a rainha cumprimentou 15 primeiros-ministros durante seu longo reinado, incluindo Winston Churchill, seu primeiro, e Truss, a última.
Seu marido, o príncipe Philip, morreu aos 99 anos em abril de 2021.
A rainha viajou para a China em 1986, sendo a primeira monarca britânica da história a fazê-lo.