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Bolsonaro participa de celebrações pelo Bicentenário da Independência do Brasil e aproveita para fazer campanha

Fonte: Xinhua    09.09.2022 08h31

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, encabeçou nesta quarta-feira o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasilia, em comemoração ao Bicentenário da Independência, declarada em 7 de setembro de 1822.

O desfile contou com membros das Forças Armadas, Polícia Militar e Federal Rodoviária, do Corpo de Bombeiros, bem como com a participação de estudantes de colégios militares e escolas públicas do Distrito Federal.

Também desfilaram membros do Grupo de Veteranos da Segunda Guerra Mundial, antigos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e 27 tratores, em uma alusão ao setor agrícola do país.

Além de autoridades do governo brasileiro, assistiram à cerimônia os presidentes de três países de língua portuguesa: Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal; José Maria Neves, de Cabo Verde e Umaro Sissico Embaló, de Guiné-Bissau.

Outras presenças incluíram o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias Albano da Costa, e o ministro na Presidência para Assuntos da Casa Civil da República de Moçambique, Constantino Alberto Bacela.

As principais ausências foram as dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que foram convidados, mas não compareceram.

Antes do desfile, Bolsonaro tomou café da manhã com ministros no Palácio da Alvorada e deu uma entrevista a estatal TV Brasil, na qual disse que "o povo que hoje está indo às ruas para festejar 200 anos de independência e uma eternidade de liberdade. O que está em jogo é nossa liberdade, é o nosso futuro".

Bolsonaro, com a faixa presidencial no peito, acompanhado por sua esposa, Michele Bolsonaro e um grupo de crianças percorreu a avenida Esplanada dos Ministérios no Rolls Royce "Silver Wraith" sem capota, doado ao Brasil pela rainha Elizabeth da Inglaterra em 1953 e que costuma ser usado pelos presidentes nas solenidades oficiais, sendo saudado por milhares de seus apoiadores no trajeto até a tribuna oficial.

O presidente não discursou durante o evento, mas logo depois fez um comício no gramado em frente ao Congresso Nacional, no qual criticou os institutos de pesquisa eleitoral e seu principal adversário, o ex-presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT) que lidera com folga as intenções de voto para as eleições de 2 de outubro e afirmou que "a luta é do bem contra o mal, contra o comunismo".

Na parte da tarde, Bolsonaro veio para o Rio de Janeiro onde participou de uma 'motociata' e encontrou apoiadores na avenida Atlântica, na praia de Copacabana, onde também houve uma comemoração do 7 de setembro, com desfile naval, apresentações da esquadrilha da fumaça e de paraquedistas.

Durante o evento, o presidente, em tom de comício, repetiu falas conservadoras, destacou que é cristão e aumentou o teor das críticas ao adversário do PT.

À noite, Bolsonaro e comitiva foram ao estádio do Maracanã, acompanhados pelo ex-jogador e atual senador Romário, para assistir à partida entre Flamengo e o Vélez argentino no jogo de volta das semifinais da Copa Libertadores da América, que confirmou o avanço à final do clube carioca.

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