Ex-conselheiro de segurança nacional dos EUA admite que 'ajudou a planejar golpes no estrangeiro'

Fonte: Diário do Povo Online    15.07.2022 13h33

Recentemente, os Estados Unidos realizaram uma audiência sobre os distúrbios no Capitólio, ocorridos em 6 de janeiro de 2021. O "Capitol Hill" dos EUA e a Reuters informaram no dia 12 que John Bolton, que atuou como conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA durante o governo do ex-presidente Donald Trump, disse em entrevista à CNN que golpes bem planejados "não são o modus operandi de Trump".

A Reuters referiu que era "altamente incomum" que as autoridades dos EUA admitissem publicamente seu envolvimento em incitar distúrbios no estrangeiro.

De acordo com a reportagem do "Capitol Hill", Bolton disse em entrevista à CNN no dia 12, horário local, que não concordava com a "premissa" da tentativa de golpe de Trump, que exigia um planejamento cuidadoso, e "não é assim que Trump age".

“Como alguém que ajudou a orquestrar um golpe – não aqui (nos EUA), mas em outros lugares – (eu sei que) isto requeria muito trabalho, e ele (Trump) não fez isso”, disse Bolton.

Quando indagado por um apresentador da CNN sobre o que quis dizer com "ajudar a planejar um golpe", Bolton disse que "não entraria em detalhes". Mas, mais tarde, ele mencionou a Venezuela: "Acabou não tendo sucesso. Não que tivéssemos muito a ver com o golpe, mas vi o que a oposição precisava de fazer para derrubar um presidente eleito ilegalmente, e eles falharam".

A Reuters mencionou que, em 2019, Bolton apoiou publicamente o líder da oposição venezuelana Guaidó, quando ocupava o cargo de conselheiro de segurança nacional. Guaidó acreditava que a reeleição do presidente Maduro era ilegal e convocou os militares do país para o derrubar.

Ao longo dos anos, muitos especialistas em política externa criticaram o governo dos EUA por interferir em processos históricos de outros países. O relatório citou a derrubada do primeiro-ministro iraniano Mohammad Mossadegh em 1953, a Guerra do Vietnã e as guerras do século 21 no Iraque e no Afeganistão. Ainda assim, é "altamente incomum" que autoridades dos EUA admitam publicamente seu envolvimento em incitar distúrbios no estrangeiro. 

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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