Alcançar a paz é a maior proteção para as mulheres, diz enviado chinês na ONU

Fonte: Diário do Povo Online    16.06.2022 14h38

Alcançar a paz é a melhor proteção para as mulheres, que estão entre os grupos vulneráveis que sofrem com o impacto dos conflitos armados, disse o enviado chinês na ONU na quarta-feira.

Dai Bing, representante permanente adjunto da China nas Nações Unidas, fez as declarações durante um debate aberto no Conselho de Segurança da ONU sobre mulheres, paz e segurança.

"A resposta à crise e a assistência humanitária não são o fim dos esforços. A comunidade internacional deve adotar a direção fundamental da solução política, trabalhar para eliminar as causas profundas do conflito e intensificar os esforços de promoção da paz", afirmou.

Citando a situação de mulheres e crianças no conflito na Ucrânia, Dai disse que a China encoraja a UE a desempenhar seu papel e criar condições para o diálogo com as partes relevantes e para a restauração da paz.

"Apoiamos a ONU na coordenação de ações com a UE e os países da região para garantir a segurança da vida e da propriedade dos cidadãos ucranianos, incluindo mulheres e crianças, atendendo às suas necessidades humanitárias básicas e reprimindo efetivamente o tráfico de pessoas, exploração sexual e abuso de mulheres e crianças refugiadas", disse.

Dai enfatizou que o avanço da causa das mulheres é inseparável de um ambiente político estável.

Desde 2021, muitos países da Ásia à África, atravessaram grandes mudanças em sua situação política, algumas como parte da reação em cadeia desencadeada pela retirada precipitada de tropas estrangeiras, enquanto outras resultaram da eclosão de conflitos causados por modelos de governança inadequados.

"A comunidade internacional, embora se preocupe com a erosão dos direitos e interesses das mulheres e o retrocesso na igualdade de gênero, entre outros, deve saber claramente que o apoio aos países interessados em explorar uma via de desenvolvimento adequada às suas condições nacionais é a única forma de manterem a estabilidade política", disse Dai.

“É imperativo respeitar a soberania e propriedade de todos os países, opor-se à interferência externa e à imposição de soluções externas”, disse, acrescentando que é premente incentivar soluções regionais que se baseiem nas realidades regionais e apoiar as organizações regionais na plena alavancagem seus papéis.

Observando os crescentes desafios enfrentados pelas mulheres, Dai destacou também a importância do desenvolvimento.

“As Nações Unidas e as organizações regionais devem dar prioridade ao desenvolvimento, fazer esforços para dirimir os efeitos da pobreza na condição das mulheres, o subdesenvolvimento e outras questões, e ajudar mais mulheres a deixarem a pobreza e a fome, a alcançar a autonomia econômica e a criar condições favoráveis para sua participação efetiva no processo de paz", concluiu.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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