A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) poderá enviar, com antecedência, tropas específicas a determinados países da ala leste, a fim de reforçar a dissuasão e a defesa da aliança em resposta ao conflito russo-ucraniano, declarou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na quarta-feira em Bruxelas.
Antes da reunião dos ministros da Defesa da Aliança, ele disse que essas forças não ficariam permanentemente estacionadas nos países designados, mas treinarão regularmente para conhecer a área e melhorar a interoperabilidade com as forças de defesa locais. Eles também receberão tarefas específicas.
Forças pré-distribuídas farão parte de uma série de medidas destinadas a fortalecer a presença, a capacidade e a prontidão no flanco oriental da OTAN.
Stoltenberg afirmou que essas medidas incluem o aumento da presença permanente de tropas e quartéis-generais, bem como equipamentos pré-posicionados e estoque de armas, além das forças pré-destacadas. As defesas aéreas, marítimas e cibernéticas também serão fortalecidas.
A OTAN tem aumentado sua presença em seu flanco oriental antes da eclosão do conflito russo-ucraniano. De acordo com um comunicado de imprensa, "o número de grupos de combate da OTAN dobrou para oito, e mais de 40 mil soldados estão agora sob o comando direto da OTAN".
As novas medidas estão na agenda da reunião de quarta-feira dos ministros da Defesa da OTAN, onde o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, deve atualizar seus homólogos sobre o que a Ucrânia precisa urgentemente.
"Os aliados estão comprometidos em continuar a fornecer o equipamento militar necessário para a Ucrânia vencer, incluindo armas pesadas e sistemas de longo alcance", disse Stoltenberg.